quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

AUTOMÓVEIS/PESSOAS COM DEFICIÊNCIA - Em Campinas há uma espera de 6 meses para a isenção de impostos

Deficientes reclamam de atraso para autorizar isenção na compra de carro

Beneficiários de Campinas e região chegam a enfrentar espera por 6 meses.
Vendas em concessionárias para este público caíram até 80%


Com direito a descontos de impostos para comprar um automóvel novo, deficientes da região de Campinas (SP) reclamam de atrasos, que chegam a 6 meses, para conseguir os benefícios garantidos por lei, como o IPI e ICMS. Com isso, o mercado de vendas para o público nas concessionárias registraram queda de até 80%.
Segundo o consultor de uma loja de veículos Maurício Ribeiro, as vendas deixaram de ser realizadas por conta da falta de documentação da Receita Estadual e Federal. "É uma queda enorme nas vendas. Além da falta de atendimento do cliente que precisa do veículo", afirma.
O impasse provoca dificuldades principalmente para os beneficiários, que precisam do veículo para trabalhar e realizar as atividades. "Dependo de uma outra pessoa para me levar no trabalho, me levar para sair, para buscar minha filha no colégio que antes eu buscava, ou seja, tudo eu dependo do carro para fazer e isso está atrapalhando a minha vida", explica o assistente comercial Valter Santos Costa.
O aposentado Carlos Eugênio Angelini tem uma deficiência no pé esquerdo e está em processo para comprar um carro com câmbio automático. Ele tenta desde setembro conseguir o benefício, mas sem sucesso."Dei entrada em setembro e até agora o processo está em análise e eles mandam aguardar", explica.
Lentidão
Segundo o especialista em isenção de impostos para deficiente José Roberto Guimarães, o problema foi causado pela implantação de um novo sistema de digitalização na Receita Federal, que concede o benefício de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "Até eles acertarem o novo sistema, houve uma demora de sete meses", explica ele.
A assessoria da Receita Federal confirma a lentidão e explica que as causas foram uma mudança na forma de solicitar os pedidos. A digitalização do processo e a adaptação dos profissionais também provocaram impactos na fila de processos.
Após esta liberação da documentação, o processo deve ser encaminhado à Receita Estadual. No entanto, os trâmites também estão atrasados por conta da demora da regulamentação da lei que permite a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Durante um ano até a conclusão publicada na sexta-feira (22) das alterações e detalhamento feitos na lei, a concessão nos processos ficaram acumulados.
Guimarães acredita que até a segunda quinzena de março deste ano a documentação se normalize na esfera estadual. "O deficiente ficou cinco meses esperando a federal, mais dois meses esperando o estadual. Então tirou o direito dele de ir e vir. Ele tem que esperar em casa até que acerte tudo isso", afirma.
Segundo os órgãos, o prazo para a liberação do benefício demora atualmente, uma média de 110 dias. No entanto, a expectativa é tentar reduzir o prazo para 30 dias até a conclusão do primeiro semestre.
Confira os documentos para a isenção do ICMS:
- Laudo médico que comprove o tipo de deficiência ou o autismo;
- Comprovação de disponibilidade financeira ou patrimonial para fazer frente aos gastos com a aquisição e a manutenção do veículo a ser adquirido;
- Cópia autenticada da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dos condutores;
- Comprovante de residência.
FONTE -http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2013/02/deficientes-reclamam-de-atraso-para-autorizar-isencao-na-compra-de-carro.html

TRABALHO/DEFICIÊNCIAS - Em Campinas cresceu em 25% ações contra empresas

Inquéritos por discriminação de deficientes no trabalho crescem 25%

Em 2011, foram 28 processos contra 35 no ano passado em Campinas.
Infração faz órgão cogitarem criação de banco de dados com currículos
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O número de inquéritos em andamento no Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre o descumprimento de cotas de deficientes no corpo de funcionários de empresas na região deCampinas cresceu 25% em 2012 em relação a 2011. O problema recorrente fez com que órgãos públicos debatessem, nesta quarta-feira (27), durante fórum sobre o tema, a possibilidade de criação de uma rede de informação compartilhada entre empresas, universidades e estado com dados e currículos de deficientes em busca de emprego.
De acordo com a assessoria do MPT, em 2011, foram 28 processos contra empresas acusadas de discriminação contra pessoas com deficiência. No ano passado, foram 35 inquéritos abertos sobre este tipo de irregularidades. Para a procuradora do trabalho Renata Coelho Vieira, o aumento deve-se ao fato de a região ter recebido várias empresas de grande porte no ano passado e, além disso, pelo fato de muitas empresas com atividades em várias cidades terem sede em Campinas.
“Vieram muitas multinacionais para a região. E estas empresas chegaram aqui acostumadas com a legislação trabalhista do país de onde vieram. E foram obrigadas a se adequar à legislação brasileira”, explica a procuradora. De acordo com ela, no Brasil, uma lei federal obriga toda empresa com mais de 100 funcionários a contratar entre 2% e 5% de deficientes.
Em caso de descumprimento da norma, as empresas sofrem multa que varia de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil por trabalhador que deixou de ser contratado. Além desta autuação feita pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a empresa pode ser alvo de uma ação civil pública e responder por danos morais coletivos. Nesse caso, em Campinas, há registro de ações no valor de até R$ 5 milhões.
Fórum
Um evento na tarde desta quarta-feira, na Unicamp, reuniu representantes do Ministério Público Estadual, da Receita Fedeal, do Ministério do Trabalho e Emprego e a secretária municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Emanuelle Alckmin.
De acordo com a assessoria do MPT, todas as autoridades se comprometeram a se mobilizar para criação da rede de informações compartilhadas para que as empresas não tentem justificar a falta de funcionários com deficiência pela dificuldade de encontrar os profissionais.
FONTE - http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2013/02/inqueritos-por-discriminacao-de-deficientes-no-trabalho-crescem-25.html

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

TRABALHO INFANTIL/FAO - Organização da ONU tem relatório sobre Trabalho de crianças em matadouros

RELATÓRIO DA FAO APONTA TRABALHO DE CRIANÇAS EM MATADOUROS DO BRASIL
Um relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) lançado nesta segunda-feira (25) apontou que, segundo dados do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, há evidências de que crianças no Brasil e no Equador estejam trabalhando em matadouros. O trabalho de meninos e meninas estaria ocorrendo inclusive em meio a equipamentos perigosos, além dos impactos psicológicos que podem ser causados, o que torna o trabalho infantil nos matadouros proibido para menores de 18 anos na maioria das legislações no mundo.
O documento, intitulado “Trabalho infantil no setor da pecuária: no pasto e além”, estuda profundamente o trabalho infantil no setor da pecuária e indica os caminhos necessários para medidas de combate ao problema. O relatório indica que o Brasil está entre os países que utilizam o trabalho infantil na produção de bens oriundos do gado, juntamente com Bolívia, Chade, Etiópia, Lesoto, Mauritânia, Namíbia, Paraguai, Uganda e Zâmbia.
A agricultura é o setor onde existem mais relatos de trabalho infantil no mundo e a pecuária representa 40% da economia agrícola. Enquanto existem esforços para combater o trabalho de meninos e meninas na agricultura, a pecuária tem recebido bem menos atenção.
“A redução do trabalho infantil na agricultura não é apenas uma questão de direitos humanos, é também parte da busca do verdadeiro desenvolvimento sustentável rural e da segurança alimentar”, disse o Diretor-Geral Assistente da FAO responsável pelo Departamento de Desenvolvimento, Social e Econômico da agência, Jomo Sundaram.
“A crescente importância da pecuária na agricultura significa que os esforços para reduzir o trabalho infantil precisam se concentrar mais nos fatores que levam ao trabalho nocivo ou perigoso para as crianças neste setor, respeitando e protegendo os meios de vida das famílias rurais pobres”, disse Sundaram.
As conclusões do relatório são aguardadas na 3ª Conferência Global sobre o Trabalho Infantil, que será realizada no Brasil em outubro.
Para ler o relatório em inglês
http://www.fao.org/docrep/017/i3098e/i3098e.pdf
FONTE-http://www.onu.org.br/relatorio-fao-aponta-trabalho-de-criancas-em-matadouros-no-brasil/
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CRIANÇAS SÃO MORTAIS! - O Suicidado pedagógico http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2011/09/criancas-sao-mortais-o-suicidado.html

LIVRO DIGITAL/MEC - Livros digitais serão distribuídos em 2015

MEC quer dar acesso a livro à rede pública
Edital de livros a serem distribuídas em 2015 contem de obras multimídia
Em 2013, a estudante Beatriz Aguiar ingressou no 1º ano do ensino médio em uma escola particular de Brasília. Além de todas as mudanças já esperadas para o período, mais uma: o material escolar agora não ocupa mais do que o espaço de um tablet na mochila. Por quatro parcelas de R$ 277 ela comprou as obras que serão usadas e atualizadas durante o período letivo. O MEC (Ministério da Educação), planeja, para os próximos anos, dar acesso a esse material aos alunos da rede pública.

Consta no edital para os livros a serem distribuídas em 2015 pelo PNDL (Programa Nacional do Livro Didático) a inscrição de obras multimídia, que reúnam livro impresso e digital. Eles deverão ter vídeos, áudios, animações, infográficos, mapas interativos, páginas da web e outros objetos que complementarão as informações contidas nos textos escritos.

— Além de termos acesso aos textos, temos outros recursos para ajudar no aprendizado, eu estou gostando muito", diz Beatriz. Hoje (27) é o Dia Nacional do Livro Didático, e a Agência Brasil procurou a opinião de especialistas sobre as tendências nessa área da educação.

Segundo a pesquisadora da FGV (Fundação Getulio Vargas) Priscilla Tavares, a digitalização do material didático apresenta pontos favoráveis como a aproximação dos alunos por meio de um material mais atrativo.

— Avaliações do ensino reportam que os alunos não frequentam a biblioteca por falta de interesse pela leitura. Por outro lado, além de atrair, essas obras têm alcance restrito: o aluno, em casa, pode não ter computador ou internet.
Dados do Ibope Media mostram que no terceiro trimestre de 2012, 94,2 milhões de brasileiros, menos da metade (47,5%) tinham acesso à internet.

Priscilla afirma também que os meios digitais podem ajudar no desempenho dos estudantes ou atrapalhar. Um estudo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) de 2007 concluiu que as escolas com acesso à internet têm maior eficiência, que se reflete no desempenho dos estudantes. O mesmo estudo mostrou que os laboratórios podem ser mal utilizados, levando ao pior desempenho por "alocar equivocadamente” o tempo dos estudantes. "Os alunos estão adaptados, têm maior convívio com os meios digitais, mas muitos professores não têm esse conhecimento. O recurso audiovisual é bom quando se sabe usar", diz a pesquisadora.

Para melhorar o acesso, o MEC (Ministério da Educação) já distribuiu 382.317 tablets. A meta é chegar a 600 mil até o final deste ano. Na primeira etapa, os equipamentos serão destinados a professores de escolas de ensino médio. Apenas o Amapá e o Maranhão não aderiram ao programa. Estão previstos conteúdos de domínio público, outros disponibilizados pelo MEC e pela Khan Academy. Por ano, o ministério investe cerca de R$ 1 bilhão pelo PNLD.

De acordo com o presidente Abrelivros (Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares ), o setor busca o aperfeiçoamento na área para atender à demanda cada vez maior. Ele explica no entanto, que os preços não devem sofrer muitas alterações:

— É possível que fique mais barato com a eliminação da cadeia de custo do papel. No entanto, surge outra cadeia, que envolve hospedar a obra em algum servidor para acessá-la pela internet entre outros. No fim, trocam-se alguns custos por outros.

O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara defende um modelo já adotado nos Estados Unidos, o chamado REA (Recursos Educacionais Abertos), por meio do qual o governo compra os direitos autorais das obras. Isso permitiria que os professores tivessem acesso facilitado não apenas a uma obra por disciplina (como ocorre pelo PNLD), mas a todas as disponibilizadas pelo MEC.

— O professor pode usar 20, 30 obras, variando em cada aula como achar melhor". O REA consta no Projeto de Lei 1.513/2011, em tramitação na Câmara dos Deputados. A Abrelivros adianta que caso o modelo passe a vigorar, deverá ser cobrado um valor adequado à disponibilização do conteúdo. 
fonte - http://noticias.r7.com/educacao/noticias/mec-planeja-dar-acesso-ao-livro-digital-a-alunos-da-rede-publica-20130227.html
MAIS NOTÍCIAS - 98% dos professores de escolas públicas usam livros didáticos 
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UMA LUZ NO FIM DO LIVRO http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2010/09/uma-luz-no-fim-do-livro.html


ALZHEIMER/PESQUISAS - Em Portugal estudo diz que estatinas podem prevenir a doença

Alzheimer: Mais uma peça na construção do puzzle

 (quebra-cabeças)

Três investigadores da Universidade do Porto desenvolveram um estudo sobre a doença de Alzheimer. Segundo os autores, as estatinas podem prevenir o aparecimento da doença.
Alzheimer: Mais uma peça na construção do puzzle
*(imagem - uma pessoa idosa segurando um copo para ingerir uma medicação - Autor - Thomas Tringale - Flickr)
Três jovens cientistas da Universidade do Porto (UP) desenvolveram uma investigação focada na procura de novas soluções terapêuticas para as doenças neurodegenerativas. Os estudantes propõem uma nova abordagem sobre o Alzheimer.
O estudo, "Alzheimer Disease, Cholesterol, and Statins: The Junctions of Important Metabolic Pathways", tem como objetivo contribuir para a construção de um puzzle ainda muito incompleto: o estado do conhecimento das doenças neurodegenerativas. Segundo Tiago Silva, um dos autores do estudo, a terapia atual para o tratamento do Alzheimer está baseada no conceito "um fármaco - um alvo e é incapaz de subverter e impedir a evolução da doença".
Em entrevista ao JPN, Tiago Silva afirma que os tratamentos para a doença de Alzheimer, "não são eficazes no controlo da progressão da doença". O jovem doutorando da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) admite que "a medicação atua apenas a nível sintomático, tentando compensar as perdas cognitivas, o que resulta no prolongamento da qualidade de vida do doente", mas não elimina a patologia.
Assim, o grupo de investigação alerta que as estatinas (medicamentos utilizados para a diminuição dos níveis de colestrol), podem influenciar o aparecimento da doença de Alzheimer. Segundo estudos epidemiológicos, verificados na publicação, "pacientes que fazem medicação com estatinas ao longo da vida, têm um prevalência menor da doença de Alzheimer na terceira idade, quando comparados com grupos que não foram expostos a este tipo de intervenção farmacológica".
Tiago Silva revela ainda "que as estatinas podem apresentar um potencial de neuroproteção e prevenir doenças do foro neurodegenerativo. No entanto, alerta: "As estatinas não podem ser tomadas por pessoas que não necessitem de dimuniur os seus níveis de colesterol, uma vez que, o colestrol é um componente essencial ao funcionamento correto das células humanas".
O aluno da FFUP admite que o futuro da população o preocupa, uma vez que "os tratamentos existentes atuam ao nível dos sintomas e são por isso incapazes de curar a doença", nesta sequência o estudo desenvolvido pela UP torna-se vital no contexto atual.
FONTE - http://jpn.c2com.up.pt/2013/02/26/alzheimer_mais_uma_peca_na_construcao_do_puzzle.html
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ALZHEIMER NÃO É UMA PIADA, mas pode ser poesia de vida http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2011/06/alzheimer-nao-e-uma-piada-mas-pode-ser.html

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

DOENÇAS RARAS/MUNDO - DIA INTERNACIONAL é DIA 28

28 de fevereiro é celebrado o Dia Internacional das Doenças Raras

Celebrado no último dia do mês de fevereiro, o Dia Internacional das Doenças Raras foi criado com o objetivo de conscientizar a população sobre a ocorrência de doenças que não costumam aparecer na população com frequência. Para alertar a população, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) traz para discussão duas doenças consideradas raras: Doença de Whipple e a Cirrose Biliar Primária (CBP).
Com maior prevalência em homens a partir dos 50 anos, os portadores da doença de Whipple são frequentemente confundidos com os do vírus da AIDS, em decorrência dos sintomas apresentados. Febre, diarreia, perda de peso, dor abdominal, o escurecimento da pele e o aumento dos linfomodos, que deixam os gânglios até palpáveis, são alguns dos sintomas da doença. “Não há uma característica típica, os sintomas são inexpressivos e até muitas vezes semelhantes à AIDS, pela perda acentuada de peso”, conta o patologista Ricardo Artigiani Neto, Diretor de Comunicação Social da SBP.
A doença de Whipple é infecciosa, transmitida por bactéria e acomete pessoas que são suscetíveis ao microorganismo, que se instala na parede intestinal. “A ciência ainda não explica como é de fato contraída a bactéria. O que se tem certeza é do comprometimento intestinal causado”, afirma Artigiani. A doença é diagnosticada por biópsia dos linfomodos ou da parede intestinal do intestino delgado. “É o patologista que realiza esse diagnóstico, que não costuma ser fácil, pois tem que achar os bacilos com coloração especial na biópsia”, completa o diretor de comunicação social.
Por ser rara, ainda não há certeza sobre o período exato em que a pessoa fica com a bactéria no organismo. A partir do momento em que acontece a manifestação clínica, como a diarreia, o indivíduo terá o avanço da debilitação, com perda de peso de forma rápida, além de infecções secundárias. O tratamento é realizado por antibióticos e costuma ser eficaz. “O grande problema é que essa doença é recidiva, ou seja, volta a acontecer sempre após algum tempo. Uma vez diagnosticado, o paciente deve voltar a fazer novas biópsias a cada seis meses”, finaliza Artigiani.
Já a Cirrose Biliar Primária (CBP) é uma doença autoimune e também de causa desconhecida, que afeta os pequenos ductos biliares dentro do fígado. A frequência varia de 22 a 240 casos por milhão de habitantes. É dez vezes mais comum em mulheres do que em homens e muito rara abaixo dos 30 anos de idade.
Em relação aos sintomas, o patologista e membro da SBP, Evandro Sobroza de Mello, afirma: “Atualmente há muitos casos diagnosticados em fase assintomática, usualmente por uma combinação de exames laboratoriais e os achados na biópsia do fígado. Apenas parte destes pacientes desenvolvem sintomas clínicos, enquanto outra parte permanece assintomática indefinidamente. Porém, os sintomas mais característicos são intenso prurido, mais conhecido como coceira, e letargia - a perda temporária e completa da sensibilidade e do movimento por causa fisiológica. Apenas muito tardiamente na evolução da doença há descompensação de função hepática decorrente da cirrose”.
O diagnóstico é realizado após uma combinação de dados epidemiológicos, como mulheres acima de 50 anos; apresentação clínica, prurido; dados laboratoriais com aumento das enzimas canaliculares, decorrentes da lesão dos ductos biliares; e a positividade característica para um autoanticorpo (antimitocôndria - AMA). Em alguns pacientes, com apresentação menos característica, pode ser necessária a realização de biópsia hepática para exame anatomopatológico, que então mostrará a característica da lesão de pequenos ductos biliares, chamada de “lesão ductal florida”, típica desta doença.
Nas fases tardias da doença, há o desenvolvimento de cirrose com suas complicações, entre elas a insuficiência da função hepática e hipertensão portal, principalmente, que podem levar o paciente à morte. Parte destes pacientes também pode desenvolver câncer de fígado, um tipo altamente letal de tumor quando não é diagnosticado em fase precoce. Osteoporose também é um problema importante, devido à presença de colestase - retenção dos componentes da bile decorrente da lesão dos ductos biliares.
O tratamento é realizado pelo uso de um medicamento chamado ácido ursodeoxicólico, que pode levar à melhora do quadro clínico e laboratorial. “O efeito benéfico a longo prazo ainda não está bem estabelecido e pode não impedir a evolução da doença em todos os casos. Em situações avançadas, pode ser necessário o transplante de fígado”, completa Mello.
Por ser de causa desconhecida, não há forma de prevenção. E, como toda doença rara, a CBP é de diagnóstico e tratamento ainda mais difícil em serviços com pouca experiência na doença. Portanto, de acordo com Mello, há benefício para o paciente que procurar atendimento especializado.
O Dia Internacional das Doenças Raras é comemorado em mais de 24 países e tem coordenação da Eurodis (Europe Rare Diseases), que realiza campanha anual.
fonte - http://primeiraedicao.com.br/noticia/2013/02/26/28-de-fevereiro-e-celebrado-o-dia-internacional-das-doencas-raras

ECOFUTURO+ÁGUA- Nações Unidas indicam a urgência mundial acerca da Água Potável

A ONU E A ÁGUA



(Imagem - foto colorida com três crianças negras, africanas, bombeando água para galões improvisados, duas meninas e um menino, e estão pisando em um solo seco e árido)
Estima-se que um bilhão de pessoas carece de acesso a um abastecimento de água suficiente, definido como uma fonte que possa fornecer 20 litros por pessoa por dia a uma distância não superior a mil metros. Essas fontes incluem ligações domésticas, fontes públicas, fossos, poços e nascentes protegidos e a coleta de águas pluviais.
As Nações Unidas veem enfrentado a crise global causada pela crescente demanda global de recursos hídricos para atender às necessidades agrícolas e comerciais da humanidade, bem como crescente necessidade de saneamento básico. A Conferência das Nações Unidas para a Água (1977), a Década Internacional de Abastecimento de Água Potável e Saneamento(1981-1990), a Conferência Internacional sobre Água e Meio Ambiente (1992) e a Cúpula da Terra (1992) foram todas voltadas para este recurso vital. A Década, em especial, ajudou cerca de 1,3 bilhões de pessoas nos países em desenvolvimento a obter acesso à água potável.
Causas de abastecimento inadequado de água incluem o uso ineficiente, a degradação da água pela poluição e a superexploração das reservas de águas subterrâneas. Ações corretivas visam a alcançar uma melhor gestão dos escassos recursos de água potável, com foco particular na oferta e na demanda, quantidade e qualidade. Atividades do Sistema das Nações Unidas visam ao desenvolvimento sustentável dos recursos finitos e frágeis de água doce, que estão sob pressão crescente com o crescimento populacional, a poluição e as demandas de usos agrícolas e industriais.
A importância crucial da água para muitos aspectos da saúde humana, do desenvolvimento e do bem-estar levou a objetivos específicos relacionados à água no apoio a cada um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Essas metas referem-se a: erradicar a extrema pobreza e a fome, alcançar a educação primária universal, promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças, garantir a sustentabilidade ambiental e desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento.
Para ajudar a sensibilizar o público sobre a importância do desenvolvimento inteligente dos recursos de água, a Assembleia Geral declarou 2003 o Ano Internacional da Água Potável. Também em 2003, o Conselho Diretor Executivo (CEB), órgão de coordenação do sistema inteiro das Nações Unidas, criou a “ONU Água” – um mecanismo interagencial para coordenar as ações do Sistema das Nações Unidas para alcançar as metas relacionadas à água da Declaração do Milênio da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentávelde 2002.
Para reforçar ainda mais uma ação global para atender às metas dos ODM relacionadas à água, a Assembleia Geral proclamou a Década Internacional de Ação, “Água para a Vida” (2005 – 2015). A Década começou em 22 de março de 2005, data na qual é comemorada anualmente o Dia Mundial da Água.
Em 2009, a “ONU Água” e as 26 agências da ONU, trabalhando em parceria com governos, organizações internacionais, organizações não-governamentais e outras partes e grupos de peritos interessados, publicou a terceira edição do Relatório de Desenvolvimento Mundial da Água, desenvolvido a cada três anos pelas Nações Unidas para analisar os dados e tendências que afetam os recursos mundiais de água doce.
A água potável limpa, segura e adequada é vital para a sobrevivência de todos os organismos vivos e para o funcionamento dos ecossistemas, comunidades e economias. Mas a qualidade da água em todo o mundo é cada vez mais ameaçada à medida que as populações humanas crescem, atividades agrícolas e industriais se expandem e as mudanças climáticas ameaçam alterar o ciclo hidrológico global. (…)
A cada dia, milhões de toneladas de esgoto tratado inadequadamente e resíduos agrícolas e industriais são despejados nas águas de todo o mundo. (…) Todos os anos, morrem mais pessoas das consequências de água contaminada do que de todas as formas de violência, incluindo a guerra. (…) A contaminação da água enfraquece ou destrói os ecossistemas naturais que sustentam a saúde humana, a produção alimentar e a biodiversidade. (…) A maioria da água doce poluída acaba nos oceanos, prejudicando áreas costeiras e a pesca. (…)
Há uma necessidade urgente para a comunidade global – setores público e privado – de unir-se para assumir o desafio de proteger e melhorar a qualidade da água nos nossos rios, lagos, aquíferos e torneiras.
- da Declaração da “ONU Água” para o Dia Mundial da Água 2010
FONTE -  http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-em-acao/a-onu-e-a-agua/

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ÁGUA PARA QUE TE QUERO? Dia Internacional da Água http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2010/03/agua-para-que-te-quero-dia.html


SAÚDEMENTAL/SONO - Noites mal dormidas alteram nossos genes

Falta de sono gera alterações 'dramáticas' no corpo, diz estudo
Uma pesquisa britânica trouxe novas descobertas sobre como noites mal dormidas podem causar efeitos prejudiciais 'dramáticos' à saúde e ao funcionamento do corpo humano.

Arquivo - AFP
(Imagem - foto colorida de um quarto com um abajur, um despertador e um travesseiro, com a iluminação apenas do abajur) 

Segundo os pesquisadores da Universidade de Surrey, a atividade de centenas de genes foi alterada quando as pessoas estudadas dormiam menos de seis horas por dia durante uma semana.Doenças cardíacas, diabetes, obesidade e problemas cerebrais são alguns dos problemas ligados a poucas horas de sono.
Os cientistas analisaram o sangue de 26 pessoas depois que elas tiveram uma longa noite de sono, até dez horas por noite durante uma semana, e compararam os resultado com amostras retiradas depois de uma semana com menos de seis horas por noite.
Mais de 700 genes foram alterados pela mudança. Cada gene traz instruções para a construção de uma proteína. Os que ficaram mais ativos produziram mais proteínas, mudando a química do corpo.
O funcionamento do relógio biológico também foi perturbado com a mudança. As atividades de alguns genes, no decorrer do dia, aumentam e diminuem naturalmente, mas este efeito foi prejudicado pela falta de sono.
"Houve uma mudança dramática na atividade em diferentes tipos de genes", disse à BBC o professor Colin Smith, da Universidade de Surrey.
"O sono tem uma importância crítica para a reconstrução do corpo e a manutenção do estado funcional, todos os tipo de de danos parecem ocorrer (devido à falta de sono), sugerindo que pode levar a problemas de saúde."
"Se não conseguimos regenerar e substituir células, então, isto vai levar a doenças degenerativas", acrescentou.
A pesquisa foi publicada na revista especializada Proceedgins of the National Academy of Sciences.

Mais afetados

Colin Smith afirmou que muita gente pode dormir ainda menos horas do que as pessoas analisadas no estudo, o que sugere que estas mudanças observadas na pesquisa podem ser comuns.
Para Akhilesh Reddy, especialista em relógio biológico da Universidade de Cambridge, o estudo é "interessante".
Reddy afirma que as descobertas mais importantes foram os efeitos da falta de sono sobre inflamações e o sistema imunológico, pois é possível ver a ligação entre estes efeitos e problemas de saúde como diabetes.
As descobertas dos pesquisadores da Universidade de Surrey também podem ser relacionadas às tentativas de se descartar a necessidade de sono, descobrindo um remédio que pode eliminar os efeitos da falta de sono.
"Não sabemos qual é o botão que causas todas estas mudaças, mas, em teoria, se você pode ligar ou desligar, você também poderia ser capaz de viver sem o sono."
"Mas, o que acredito, é que o sono tem importância fundamental para regenerar as células", afirmou;
FONTE-http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/02/130226_sono_qualidade_saude_fn.shtml?ocid=socialflow_twitter_brasil

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NENHUMA DOR A MENOS OU A MAIS http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2011/10/nenhuma-dor-menos-ou-mais.html


ACESSIBILIDADE/FUTEBOL - Estádios de MG sob a mira do MP para serem acessíveis

Mineirão e Independência na mira do Ministério Público quanto a acessibilidade

Estádios precisam passar por melhorias para receber pessoas com deficiência


O Ministério Público de Minas Gerais, por meio do promotor de defesa da pessoa com deficiência, Rodrigo Filgueira, estipulou prazos para que os estádios Independência e Mineirão passem por reformas, adaptando suas instalações para receberem pessoas com necessidades especiais (COM DEFICIÊNCIA). Nos dois equipamentos, foram constatados problemas de sinalização, falta de rampas de acesso, guarda-corpos inadequados, balcões de atendimento fora dos padrões e falta de assentos para pessoas obesas.

No caso do Independência, o Ministério Público alega que os últimos ofícios enviados ao governo de Minas, responsável pela obra, e à Arena Independência, administradora do estádio, não foram respondidos. Em breve, será marcada uma reunião com a direção da concessionária, quando será feita nova cobrança para a realização de adaptações.

Caso não haja uma solução, a promotoria entrará com uma ação pública contra o estado e a administradora do Independência.

Por meio da assessoria de imprensa, a Arena Independência alega que seu corpo administrativo não recebeu qualquer notificação do Ministério Público solicitando as obras de adequação.

No caso do Mineirão, o promotor Rodrigo Filgueira já conversou com a Minas Arena, administradora do estádio, que pediu prazo até o fim de março para realizar todas as obras exigidas. No início de abril, o MP realizará uma vistoria no local.

Em nota, a Minas Arena esclareceu que está em contato permanente com os ministérios públicos Federal e Estadual para sanar os problemas de acessibilidade detectados. ”A Minas Arena esclarece que tem realizado reuniões juntamente aos ministérios públicos Federal e Estadual no intuito de facilitar o acesso dos portadores de necessidades especiais ao Mineirão. As solicitações já estão em andamento como, por exemplo, a instalação de piso sinalizador de direção dentro do estádio e de piso podo-tátil em todo o entorno, adaptações de rampas de acessibilidade internas, instalação de cadeiras para obesos, cabines preferenciais para venda de ingressos, dentre outras”. (Cabe ainda modificar o termo 'portador de necessidades especiais' para PESSOAS COM DEFICIÊNCIA conforme o DECRETO 692349)
fonte - http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/atletico-mg/1,9,1,653/2013/02/25/noticia_mineirao,243309/mineirao-e-independencia-na-mira-do-ministerio-publico-quanto-a-acessibilidade.shtml

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AS SELEÇÕES: OS ESTÁDIOS, OS PARADIGMAS E UM NOVO GAME http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2010/06/as-selecoes-os-estadios-os-paradigmas-e.html

DIREITOS HUMANOS/EDUCAÇÃO - Comissão da OAB quer educar em DH aos advogados na faculdade

CNDH da OAB quer ensino de Direitos Humanos nas faculdades de direito. 

O presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous, apoiou hoje (26) a proposta sugerida pela Comissão de Direitos Humanos da Seccional do Rio de Janeiro de inclusão na grade curricular permanente nas faculdades de direito a cadeira específica de ensino dos direitos humanos. Damous pretende levar a proposta para o presidente da entidade, Marcus Vinícius Furtado, a fim de que o Plenário do Conselho Federal possa decidir pelo encaminhamento do pleito ao Ministério da Educação.
Segundo Damous, é importante que a OAB incentive o governo, por meio do MEC, a implantar a cultura de Direitos Humanos em todas as áreas possíveis, particularmente no âmbito da administração pública. 
"É urgente que o país tenha condições de formar quadros de qualidade na área de Direitos Humanos em todo o país", afirmou o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da entidade dos advogados.
Sugerida por Marcelo Chalréo, novo presidente de Direitos Humanos da OAB do Rio de Janeiro, a Comissão, segundo ele, precisa atuar de forma propositiva, interferindo na ampliação dos espaços de debates e de defesa dos direitos humanos. "Vamos buscar parcerias com a Escola Superior de Advocacia (ESA) e com as faculdades para promover seminários e cursos de direitos humanos, que integram uma grande pauta com inserção nos mais variados temas", disse Chalreo.
"Nossos colegas têm, em geral, formação humanística muito rala, pouco se discute o tema na universidade. Acredito que a Ordem possa desempenhar um papel importante nesse debate, e posteriormente, quem sabe, pleitear ao Ministério da Educação a inserção de uma cadeira específica nas faculdades".
FONTE - http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013/02/26/cndh-da-oab-quer-ensino-de-direitos-humanos-nas-faculdades-de-direito/ 
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DIREITOS HUMANOS COMO QUESTÃO PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2010/05/imagem-publicada-uma-foto-de-tres.html

FEMINISMO/ABORTAMENTO - Conservadorismo e Criminalização das Mulheres

Conservadorismo e Criminalização das Mulheres

(imagem publicada - Uma mulher indiana, deitada, em uma maca, olha para um bebê branco,caucasiano, que ela gestou por 09 meses, e dele terá de se despedir nesse instante. Esta é uma das cenas do filme, produzido e dirigido pelo cineasta de Tel Aviv, Zippi Brand Frank, utilizada no texto que escrevi e o link está no fim dessa manifestação)

Mulheres todos os dias morrem ao abortar. Nós lutamos para que elas não morram.
Muitas pessoas questionam: "Como pode ainda hoje acontecer uma gravidez indesejada?" Mas a verdade é que não precisamos pensar muito para nos lembrar que uma amiga, ou que nós mesmas, nossas companheiras ou conhecidas estiveram na dúvida e no temor de estarem grávidas sem ter escolhido. A realidade é que muitas e muitos de nós já vivenciamos situações sexuais sem preservativos, ou nos esquecemos de tomar a pílula anticoncepcional, ou mesmo com todos os devidos cuidados engravidamos, já que nenhum método anticoncepcional é 100% seguro!
É bom lembrar que para além dos nossos humanos esquecimentos, a gravidez indesejada pode acontecer de diversas formas: dezenas de mulheres são estupradas todos os dias, inclusive por seus maridos e companheiros; muitas são constrangidas por seus parceiros a não usarem camisinha, sem falar na dificuldade de acesso aos métodos contraceptivos; e, como já foi dito, os métodos contraceptivos algumas vezes falham.
Além de uma gravidez não-planejada, outros motivos levam as mulheres a realizar um aborto. Se o feto que está sendo gerado não possui expectativa de vida fora do útero, como nos casos de fetos anencéfalos, esta será uma gravidez que trará sérios riscos à saúde da mulher.
Quem tem o direito de julgar ou decidir se esta é, ou não é, a hora de a mulher ter um/a filho/a? Por que as mulheres não têm direito de decidir os rumos da própria vida? Por que, quando a mulher engravida sem desejar, ela deve ser obrigada a ter esse filho? Nenhuma mulher gosta de fazer aborto. Esse é na verdade o último recurso diante de uma gravidez indesejada.
A maternidade deve ser uma decisão livre e desejada, uma opção para as mulheres, e não uma obrigação.
A criminalização do aborto não impede que ele ocorra e nem reduz sua incidência. Mesmo o abortamento sendo considerado crime pela nossa legislação, pecado para as religiões predominantes, e errado para grande parte da população, ele ocorre. Nenhuma das tentativas de minar a autonomia das mulheres em decidir sobre suas vidas deu certo. E o aborto continua a acontecer.
A questão é que a criminalização aumenta em muito as condições de risco de vida para as mulheres, principalmente às pobres e negras, que compram remédios ilegais e inseguros, muitas vezes adquiridos em lugares perigosos e vendidos por pessoas duvidosas, ou recorrem a métodos arcaicos que colocam suas vidas em risco. Se as mulheres possuem algum recurso financeiro, ainda assim não estão seguras, já que recorrem a clínicas clandestinas, que não possuem fiscalização sanitária ou médica.
O Ministério da Saúde fez um estudo sobre as pesquisas sobre o aborto nos últimos 20 anos e comprovou a tese de que a ilegalidade do aborto traz consequências para a saúde das mulheres e tem impacto negativo na vida das mulheres pobres e negras. De acordo com essa pesquisa (2008), todos os anos, cerca de 240 mil brasileiras são internadas nos hospitais do SUS em decorrência de abortos inseguros. Elas chegam com hemorragia e infecções, que por vezes as levam à morte. São cerca de um milhão de abortos por ano. Uma pesquisa da UNB apurou que 15% das mulheres no Brasil urbano afirmam ter realizado aborto. São mulheres, em geral, com parceiros fixos e que usam métodos contraceptivos.
Existem métodos seguros de interrupção da gravidez que não colocam em risco a vida nem a saúde das mulheres que abortam, mas a proibição faz com que o abortamento seja atualmente a terceira causa de morte no Brasil e a ilegalidade mantém uma indústria clandestina em detrimento da saúde pública, integral e gratuita como direito. Aborto legal é questão de saúde pública e garantia de autonomia às mulheres.
O aborto vem sendo pautado na sociedade com mais frequência a cada ano, sobretudo em períodos eleitorais. A defesa ou não da legalização tem sido moeda de troca para os políticos na hora de pedir voto. O que se vê é um movimento conservador se organizando cada vez mais para para não só impedir que as mulheres avancem na conquista de direitos e de autonomia, como retroceder nas pequenas conquistas que já tiveram, como os casos de abortos já legalizados.
Em Fortaleza, nos últimos três meses temos acompanhado diversas iniciativas da bancada religiosa de ataque aos direitos das mulheres, como os Projetos de Lei do vereador Walter Cavalcante que incorpora a Marcha contra o aborto no Calendário Oficial da Cidade e visa à transmissão de missas e cultos na TV Fortaleza. Além disso, a nova gestão inicia o ano aprovando uma Reforma Administrativa que acaba com a Secretaria de Mulheres, rebaixando-a à Coordenadoria e inserindo-a no bojo da Secretaria de Direitos Humanos.
Convocamos, assim, a sociedade cearense, os movimentos sociais e aliadas/os para juntas/os debatermos os males que a criminalização do aborto causa à vida das mulheres, em especial às chefes de família, trabalhadoras, pobres e negras. Só assim poderemos avançar rumo à construção de um país justo, onde as mulheres efetivamente tenham direito à igualdade e autonomia para determinar seus projetos de vida.
Frente Estadual Pela Descriminalização e Legalização do Aborto - Ceará.
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QUEM SÃO ELAS? O ABORTAMENTO ´POLÍTICO' DO ABORTO http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2010/10/quem-sao-elas-o-abortamento-politico-do.html

CÂNCER/PREVENÇÃO - Câncer de Boca -70% dos diagnósticos já em estágio avançado

Câncer de boca: maioria começa tratamento em estágio avançado


Levantamento feito com pacientes com câncer de boca mostra que 70% dos casos atendidos pelo Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) tiveram diagnóstico quando a doença já havia atingido o estágio avançado.



De acordo com Alfio José Tincani, cirurgião de cabeça e pescoço do HC, é comum os pacientes confundirem os tumores na boca com aftas. Ele alerta, porém, que feridas bucais que não curam em um período de quatro a seis meses, aumentam de tamanho, sangram e causam dor precisam ser investigadas. Tincani adverte que outra razão que atrapalha o diagnóstico precoce é o fato de muitos médicos não especialistas se confundirem na hora da detecção do câncer. Por isso, muitos pacientes acabam sendo tratados com antibióticos e anti-inflamatórios.

Segundo ele, o problema de se iniciar o tratamento tardiamente é que as chances de cura diminuem de 90%, nos casos de diagnóstico precoce, para 40%. “O tumor, quando pequeno, atinge proporções pequenas [no corpo] e cirurgias menores são realizadas com sucesso altíssimo”, disse. Os pacientes com câncer de boca avançado, por sua vez, podem ficar com sequelas mais severas, como dificuldades para falar e deglutir, além de precisarem ser submetidos à retirada de mandíbulas e das ínguas do pescoço, que são os linfonodos.

O médico explica que são considerados avançados os tumores bucais com tamanho a partir de 3 centímetros. Todo mês, surgem de dez a 15 novos casos no Hospital das Clínicas e, em média, 30 pacientes são acompanhados mensalmente no ambulatório.

Homens com mais de 50 anos, que fumam e bebem muito, são as principais vítimas da doença. Estudos apontam que metade dos casos de câncer de boca estão relacionados ao tabaco e à bebida, fatores que levam a uma agressão na mucosa e à consequente formação de tumores, prevalentes na borda da língua.

Um outro tipo de câncer de boca, que tem como causa a exposição crônica ao sol, atinge principalmente trabalhadores rurais, como lavradores. Nesses casos, o tumor começa como uma pequena ferida, que acomete, na maioria das vezes, o lábio inferior.

Já os pacientes que apresentam tumor na base da língua, entre a boca e a faringe, podem ter como causa a bebida e o tabaco. Mas os fatores que levam à formação desse tipo de tumor estão mudando. “Hoje, a gente está vendo uma mudança no perfil das pessoas que têm tumor nessa região. São pacientes mais jovens, que não fumam e não bebem. O HPV [vírus do papiloma humano], que é muito comum no colo do útero da mulher, pode ocorrer na boca”, alerta. Pessoas que praticam sexo desprotegido, nesses casos, estão mais expostas a desenvolverem um tumor bucal a partir do vírus HPV.

Idosos que usam dentaduras também representam um grupo de risco para o câncer de boca. "Quando há má higiene oral e próteses mal adaptadas, que ficam traumatizando a mucosa na boca, podem desenvolver a doença. Mas esses são casos mais raros”, disse o médico.

Tincani explica que o tratamento do câncer de boca é feito por cirurgia de retirada do tumor. “Quando ele está muito avançado, conjuntamente com a cirurgia, temos que fazer a radioterapia. Nos tumores causados pelo HPV, parece que há uma resposta melhor no tratamento com a quimioterapia associada à radioterapia”, explica.

Fonte: Agência Brasil http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=10&id_noticia=206856


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EU, VOCÊ, NÓS E O CÂNCER. http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2012/07/eu-voce-nos-e-o-cancer.html

TORTURA/DIREITOS HUMANOS - Nada justifica, mas ainda é "justificável" para Israel

 Governo isralense "justifica" tortura com "segurança nacional" 

Seis dias após Arafat Jaradat ser preso pelo exército de Israel e pelo Shin Bet (agência de inteligência israelense), ele estava morto. Entre o dia de sua detenção, 18 de fevereiro, e o dia de sua morte, 23 de fevereiro, seu advogado, Kamil Sabbagh, encontrou-se com Arafat apenas uma vez: perante um juiz militar, no centro Kishon de interrogatório do Shin Bet.


Israelense demonstra métodos de interrogatório 

*(imagem - descrição de foto do injustificável ato de tortura e interrogatório, onde um homem encapuçado por um saco preto, sentado e amarado com as mãos nas costas, por um outro homem é exemplo do que se constitui nessa prática, quando um sraelense demonstra métodos de interrogatório no Shin Bet )

Sabbagh disse que quando viu Jaradt, ele estava aterrorizado e tinha dito que estava em dor extrema, depois de ser espancado e forçado a sentar-se em posições estressantes, com suas mãos atadas para trás. 

Quando anunciou a morte de Arafat, o Serviço Prisional Israelense disse que o palestino, que deixa uma viúva e dois filhos, morreu de parada cardíaca. Entretanto, a autópsia subsequente não achou qualquer coágulo de sangue em seu coração. Na realidade, a autópsia concluiu que Arafat, que completou 30 anos de idade neste ano, tinha uma boa saúde cardiovascular.

O que o exame final achou, na verdade, foi que Arafat tinha sido espancado com golpes repetidos contra o seu tórax e corpo, e tinha um total de seis ossos quebrados na coluna, nos braços e nas pernas; seus lábios estavam lacerados e sua face severamente machucada. 

Essa classe de ferimentos sofridos por Arafat antes de morrer nas mãos do Shin Bet israelense é comum a muitos palestinos que passam pelas prisões de Israel. De acordo com a organização Addameer de direitos dos prisioneiros, desde 1967 um total de 72 palestinos foram mortos como resultado de tortura e 53 devido a negligência médica. Menos de um mês antes da morte de Jaradat, Ashraf Abu Dhra morreu enquanto estava sob a custódia de Israel, num caso que a organização considera resultado direto de negligência médica.

A impunidade legal do Shin Bet e as suas técnicas de tortura têm sido bem estabelecidas. Entre 2001 e 2011, 700 palestinos enviaram reclamações ao Escritório do Procurador do Estado, mas nenhuma foi investigada criminalmente. 

Escrevendo para a publicação de Adalah, de 2012, intitulada “Sobre a Tortura” (On Torture), Bana Shoughry-Badarne, advogado e diretor legal do Comitê Público contra a Tortura em Israel escreveu que “a impunidade do GSS [o Shin Bet] é absoluta.”

A Suprema Corte de Israel tem sido extravagantemente útil em assegurar ao Shin Bet essa impermeabilidade à responsabilização em relação ao direito internacional, assim permitindo a tortura generalizada e letal.

Em agosto de 2012, a Suprema Corte israelense rejeitou a petição submetida pela organização de direitos humanos israelense Adalah, a Associação pelos Direitos Civis em Israel para exigir que o procurador israelense Yehuda Weinstein leve adiante investigações criminais de cada alegação de tortura pelo Shin Bet.

Na primeira semana de fevereiro, duas semanas antes da morte de Arafat, a Suprema Corte de Justiça jogou fora a petição da Adalah que pedia a gravação de vídeo e áudio do Shin Bet de todos os interrogatórios, para cumprir com requerimentos da Convenção das Nações Unidas contra a Tortura (UNCAT, em inglês), da qual Israel é signatário.

Em maio de 2009, a UNCAT condenou Israel por não realizar as gravações dos interrogatórios conduzidos pelo Shin Bet, e ressaltou que tal monitoramento é essencial como medida preventiva para inibir a tortura. Entretanto, em 2012 o Knesset (parlamento israelense) estendeu ao Shin Bet a isenção da obrigatoriedade de gravar interrogatórios por mais três anos. 

Racionalizando sobre a falha com o cumprimento desse requerimento tão básico, de gravar os interrogatórios, o Estado mantém a alegação de que é pela proteção dos interesses da “segurança nacional” que as técnicas de interrogatório não são tornadas públicas. 

Arafat foi morto sob tortura. A tortura é rotineira. Mas o seguinte não é rotina: a partir do anúncio da morte de Arafat, milhares de palestinos, já unidos em solidariedade com a luta árdua levantada pelos prisioneiros palestinos em greve de fome, responderam com força. 

Ao menos 3.000 prisioneiros recusaram-se a alimentar-se; milhares saíram às ruas de Gaza e manifestações vigorosas apareceram por toda a Cisjordânia. Enquanto o Estado de Israel continua a lançar seu arsenal de armas letais para reprimir os palestinos, a banalidade da maldade desse regime é e sempre será eclipsada pela vontade poderosa dos palestinos pela autodeterminação.

Fonte: Al Jazeera
Tradução da Redação do Vermelho  fonte - http://www.vermelho.org.br/rj/noticia.php?id_secao=9&id_noticia=206740

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HOLOCAUSTO À BRASILEIRA – tudo pela Segurança ou retorno da “eliminação” pelo confinamento...http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2013/01/holocausto-brasileira-tudo-pela.html


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

SÍNDROME DE DOWN/ESPORTES- A superação com ajuda de atividades esportivas

Pessoas com Down superam limites com ajuda do esporte
Humberto é professor de natação e já ganhou várias competições. Foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A Press
(imagem - foto colorida com uma pessoa com síndrome de down, o educador e nadador Humberto Suassuna com muitas medalhas na beirada de uma piscina)

Através do esporte, você consegue superar as limitações”. Mais do que promessa ou poesia, essas palavras são uma constatação. A história de Humberto Suassuna, que passou por cima das restrições da síndrome de Down para construir não só uma carreira, mas também o amor próprio com que combate o preconceito que ainda lhe afeta. Aos 32 anos, o nadador e educador físico põe abaixo a desconfiança sobre a capacidade das pessoas com deficiência e serve de exemplo a quem busca, na atividade esportiva, mais saúde para o corpo e a mente.

Bruna Cavalcanti, 21, pratica caratê há quatro anos com uma equipe montada pela ONG Integrarte, dedicada a pessoas com Down. “Pratico uma vez por semana. Isso faz parte da minha vida. Tenho muitos amigos lá”, diz Bruna, que se interessou pela modalidade depois de ver o treinamento de colegas da antiga escola. Desde então, só evoluiu. “Ela ficou mais comunicativa, independente e responsável. Isso tem a ver com a disciplina”, afirma a mãe, a autônoma Maria Helena Cavalcanti, 49.

O professor João Marcelo Rodrigues, 33, comanda uma turma de caratê com 45 jovens com Down. Ele ressalta os benefícios psicológicos e sociais do esporte. “Há uma real inclusão, uma aproximação das pessoas”, afirma. 

Professora de educação física adaptada da UFPE, Vanira Maria Laranjeiras acrescenta que pessoas com Down se beneficia de atividades físicas como quaisquer outras. Não há modalidades contraindicadas. “A exceção é quando a avaliação médica constata uma instabilidade na região cervical alta, entre a primeira e a segunda vértebra. Então evitamos alguns exercícios de contato ou mais impacto”, explica a professora, que é coordenadora do Programa de Iniciação ao Desporto Especial (Pró-Nide) da UFPE.

FONTE - http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2013/02/24/interna_vidaurbana,424965/pessoas-com-down-superam-limites-com-ajuda-do-esporte.shtml

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NÃO SOMOS ANORMAIS, SOMOS APENAS CIDA-DOWNS....http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2012/03/nao-somos-anormais-somos-apenas-cida.html

AUTISMOS/ESPORTES - Educador físico utiliza o judô com Pessoas com Autismo e TDAH

Ele encontrou um caminho suave para o autismo

(Imagem - o professor de judô com sua roupa própria para o esporte e sua faixa preta orienta dois alunos, um faixa azul e outro com faixa amarela)

No judô, Wantuir achou a arma para o bullying sofrido na infância; agora ele usa o mesmo esporte para tratar crianças autistas e com TDAH

ão havia resposta simples. Para interromper a rotina escolar composta por surras diárias dos colegas – todos maiores e mais fortes do que ele – o franzino Wantuir Jacini, aos 8 anos, precisou escolher um caminho. Arriscou o judô.
A prática do esporte coincidiu com o fim do bulliyng, na época nem conhecido por este nome, mas já comum na sala de aula das muitas escolas que frequentou.
“Nunca precisei revidar o tapa ou o soco. Mas o judô deu a confiança que faltava para dizer ‘chega’. Parei de apanhar e me apaixonei pela atividade”, lembra.
Filho de policial federal, os endereços até chegar à Faculdade de Educação Física foram muitos (São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, são só alguns). Mal se instalava em uma nova casa e já procurava um espaço para praticar a arte marcial. Conquistou a faixa preta na luta antes do diploma universitário. Wantuir só não imaginava que, na profissão, bateria de frente com aquela sensação de não existir resposta única. Sensação que surgiu quando passou a atender alunos autistas e com transtorno de déficit de atenção (TDAH) .
“Na minha formação como educador físico, comecei a pesquisar a área da neurociência”, lembra.
Para o mestrado, fiz avaliação cerebral de judocas, corredores e sedentários. O objetivo era pesquisar se existiam diferenças no comportamento do cérebro nos três grupos. As análises mostraram que, nos praticante de judô, a área da memória, da concentração e do equilíbrio eram muito estimuladas. Fiquei com aquilo na cabeça”, lembra Wantuir.
Como professor de educação física, especializado em fisiologia do esporte, Wantuir acabou cruzando também com a área da psicologia infantil. Focou os estudos nas manifestações comportamentais de problemas de saúde como o autismo, TDAH, bipolaridade e outras síndromes.
“Todos eles, de alguma forma, tinham alterações cerebrais que poderiam ser melhoradas ou desenvolvidas com a prática de judô, conforme eu tinha constatado na elaboração do mestrado”, lembra.
Há 10 meses, Wantuir Júnior escolheu o caminho do judô ao aceitar o desafio de ingressar na equipe do Instituto Priorit, organização do Rio de Janeiro que foca não só no tratamento médico, mas também o acolhimento global de crianças e adolescentes autistas, bipolares e com TDAH.
No total, já são 13 meninos e meninas que vestem o quimono e duas vezes por semana sobem no tatame para receber os ensinamentos de Wantuir. Três deles têm déficit de atenção, dois são autistas, um é bipolar, um têm Síndrome de Asperger e o restante algum problema de relacionamento social.
“O objetivo da aula é garantir a autoconfiança, despertar a autonomia e mostrar aos meninos que eles podem ser o que quiserem”.
Significado do caminho
Os problemas de saúde que frequentam as aulas de Wantuir são de causas multifatoriais, não muito bem catalogados pela medicina. Por conta disso também, os tratamentos não são bem definidos e, dependendo da conduta terapêutica, podem apresentar melhores resultados para uma parte dos pacientes e menos efetividade para outros.
A filosofia do Priorit é justamente essa: ampliar o leque de condutas e encontrar a que melhor se adequa para cada frequentador do Instituto. Rafael Biachels de Oliveira, 16 anos, tem TDAH e foi o primeiro aluno de Wantuir. Ele diz que as aulas deram não só mais consciência do próprio corpo – “antes eu andava e derrubava tudo, agora parece que sei melhor o espaço que ocupo”, diz – como ajudaram a definir o foco nos sonhos.
É ano de vestibular e a minha ideia é tentar entrar em medicina”, diz.
Wantuir sabe e reforça que a arte marcial não é alternativa nem interferência única. Funciona como um complemento importante do que preconiza a medicina tradicional. Mas, conta ele, pode amenizar angustias, afetando também os pais dos 13 alunos que frequentam as aulas.
Talvez seja só coincidência. Mas quando escolheu trilhar a rota judoca para o autismo, o TDAH e os outros transtornos infantis, o educador físico fez jus ao significado da palavra judô: “caminho suave".
FONTE - http://saude.ig.com.br/alimentacao-bemestar/2013-02-25/ele-encontrou-um-caminho-suave-para-o-autismo.html
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AUTISMO: O AMOR É AZUL? http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2012/03/autismo-o-amor-e-azul.html