domingo, 31 de março de 2013

ALZHEIMER/PESQUISAS - Estudo da USP indica diagnóstico através de marcadores no sangue

Estudo da USP com sangue pode ajudar diagnóstico de Alzheimer 

Pesquisa identifica substâncias no sangue que podem ajudar a diagnosticar doenças neurodegenerativas


Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) que analisou o nível de três substâncias encontradas no sangue pode ajudar a entender o processo de envelhecimento do cérebro. Ao investigar os compostos envolvidos no chamado estresse oxidativo, que desequilibra a presença de radicais livres no organismo, os pesquisadores perceberam que essa desregulação ocorre de forma mais intensa em pacientes com Alzheimer. Os resultados abrem caminho para que, no futuro, possa ser feita a identificação precoce de doenças neurodegenerativas por meio de exames de sangue.


Atualmente, o diagnóstico definitivo do Alzheimer é feito somente após a morte do paciente com a análise de partes do cérebro. "Fomos atrás de marcadores (da doença) no sangue, porque trabalhos científicos recentes já consideram o Alzheimer como uma doença sistêmica e não exclusiva do cérebro. Então a gente acreditava que, se esse mecanismo de estresse oxidativo estivesse presente na doença, talvez a gente pudesse verificar ela perifericamente (no exame de sangue)", explicou a professora Tania Marcourakis, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP.
Em uma primeira etapa, foram estudados três compostos presentes no sangue, cujos níveis variam de acordo com o envelhecimento: monofosfato cíclico de guanosina (GMP cíclico), óxido nítrico sintase (NOS) e substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (Tbars). Os pesquisadores compararam as plaquetas de três grupos de pacientes: 37 adultos jovens (18 a 49 anos), 40 idosos saudáveis sem nenhum tipo de demência (62 a 80 anos) e 53 idosos com Alzheimer (55 a 89 anos).
Eles verificaram que com o avanço da idade aumenta a presença da NOS e da Tbars e ocorre uma diminuição do GMP cíclico. "Com a doença, a gente viu que a Tbars aumenta mais ainda. Vimos uma escadinha: no envelhecimento ela sobe e com a doença de Alzheimer, sobe mais ainda. E a mesma coisa ocorre com o NOS, mostrando que são processos contínuos. Já o GMP cíclico, uma vez que ele diminui no envelhecimento, continuava diminuindo na doença", expôs Marcourakis. Esse desequilíbrio leva a uma formação maior de radicais livres.
Com objetivo de identificar se o que foi percebido no sangue também ocorre no cérebro, a pesquisa entrou em uma segunda fase com a análise do cérebro de ratos. O trabalho foi feito em parceria com o professor Cristóforo Scavone, do Departamento de Farmacologia. "Percebemos duas coisas importantes: no envelhecimento do rato acontecia a mesma coisa que no humano e a mesma coisa que a gente achava no sangue, também encontrava no cérebro. Isso foi muito importante para validar o nosso modelo: o que você analisa no sangue, está refletido no cérebro", disse a pesquisadora.
Marcourakis destacou que os resultados ainda não podem ser utilizados como diagnóstico de doenças neurodegenerativas, mas avançam na compreensão fisiopatológicas delas. "A gente entende melhor a doença. Veja o Alzheimer, por exemplo, ele não está só no cérebro, está no corpo inteiro, a análise do sangue mostrou isso", declarou. Para apontar o quanto esses dados ajudariam no tratamento, seria necessário ampliar o estudo com populações maiores.
Além disso, é preciso descobrir um marcador específico de cada doença. "O estresse oxidativo não é exclusivo do envelhecimento, nem da doença de Alzheimer. Qualquer doença neurodegenerativa, como o Parkinson, tem o mesmo mecanismo", explicou. Ela destacou que vários grupos de pesquisa no Brasil e no exterior dedicam-se a estudar diferentes substância com objetivo de descobrir formas de identificar cada vez mais no início essas doenças.
Apesar de não ter cura, o diagnóstico precoce do Alzheimer possibilita que os pacientes melhorem a qualidade de vida. "Hoje, quando você faz o diagnóstico, já tem um índice de morte de neurônio muito grande e não tem como reverter", explicou a pesquisadora. As medicações existentes são compensatórias. "Elas aumentam o neurotransmissor que está faltando, mas eles continuam morrendo e chega a um ponto que o remédio não faz mais efeito", disse. Quanto mais cedo a doença é identificada, a medicação pode funcionar por mais tempo. "Abre-se uma janela para que se possa atuar mais", explicou a pesquisadora.
FONTE - http://noticias.terra.com.br/ciencia/pesquisa/estudo-da-usp-com-sangue-pode-ajudar-diagnostico-de-alzheimer,fc20f8587a2bd310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

sexta-feira, 29 de março de 2013

AUTISMO/PESQUISAS - Estudo nos EUA desmitificam vacinas como causa de Autismo

Novo estudo nos EUA descarta vínculo entre vacinas infantis e autismo
Um estudo publicado nesta sexta-feira nos Estados Unidos descarta qualquer vínculo entre as vacinas múltiplas tomadas pelas crianças nos primeiros anos de vida e o desenvolvimento do autismo, uma preocupação compartilhada por um terço dos pais americanos.
Apesar de as crianças atualmente serem mais imunizadas do que na década de 1990, não há qualquer relação entre dar a elas "vacinas demais nos primeiros anos de vida" e o autismo, ressaltou o estudo, publicado na revista Journal of Pediatrics.
Aproximadamente um em cada 10 pais americanos se nega a vacinar seus filhos ou atrasa as doses porque acredita ser mais seguro do que seguir o cronograma divulgado pela agência federal dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC), segundo pesquisas anteriores.
Estudos prévios já tinham demonstrado a falta de vínculos entre as vacinas e o autismo, entre eles uma exaustiva revisão em 2004 do Instituto de Medicina.
Na ocasião, os especialistas do CDC decidiram investigar a exposição das crianças aos antígenos, substâncias contidas nas vacinas e que fazem com que o organismo produza anticorpos para combater doenças e infecções.
Os cientistas analisaram os dados de 256 crianças com algum transtorno autista em três diferentes organizações de atendimento médico nos Estados Unidos.
Depois, compararam a exposição cumulativa aos antígenos nestas crianças com as de 752 crianças sem autismo.
"Não encontramos evidência alguma que indique uma associação entre a exposição aos anticorpos que estimulam as proteínas e os polissacarídeos contidos nas vacinas nos primeiros anos de vida e o risco de desenvolver um transtorno do espectro autista ou transtorno do espectro autista com regressão", destacou o estudo.
Também não encontraram vínculos entre o autismo e a exposição cumulativa aos antígenos, seja desde o nascimento até os dois anos de vida ou no curso de um único dia após receber múltiplas vacinas em um consultório médico, ressaltou.
"Estes resultados indicam que as preocupações dos pais de que seus filhos estejam recebendo vacinas demais nos primeiros dois anos de vida ou vacinas demais em uma única visita ao médico não são compatíveis em termos de um risco maior de autismo", disse.
O autismo afeta uma em cada 88 crianças nos Estados Unidos e aproximadamente uma em cada 100 crianças na Grã-Bretanha. Este distúrbio cerebral não tem uma causa única conhecida, mas os especialistas acreditam que possa ser provocada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
AFP


ACESSIBILIDADE/AEROPORTOS - Relatório da Casa Civil da Presidência aponta a falta de acessibilidade

Casa Civil envia à Infraero relatório sobre acessibilidade de pessoas com deficiência nos aeroportos 

A falta de acessibilidade em lojas, restaurantes e balcões dos terminais, a ausência de funcionários que saibam interpretar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a inexistência de material informativo em braile foram os principais problemas que constam do relatório.


Brasília - A Casa Civil da Presidência da República enviou esta semana um relatório à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) sobre a situação de acessibilidade de pessoas com deficiência nos aeroportos do pais. O relatório foi feito pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU) e aponta diversas falhas nos principais terminais que irão receber passageiros para os jogos da Copa das Confederações, em julho, e da Copa do Mundo de 2014.
A falta de acessibilidade em lojas, restaurantes e balcões dos terminais, a ausência de funcionários que saibam interpretar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a inexistência de material informativo em braile foram os principais problemas que constam do relatório. Também foi verificado que em todos os aeroportos não existe número suficiente de ambulifit (espécie de elevador) para o embarque e desembarque do cadeirante.
O documento ressalta ainda a inexistência, em alguns aeroportos, de piso tátil e sinalização adequada para indicar aos cegos e surdos como chegar ao balcão da Infraero, de modo que lá eles possam receber assistência para o embarque. As áreas externas dos terminais, como calçadas e estacionamentos, também não estão adequadas para a passagem de cadeiras de rodas e pessoas com deficiência visual.
As vistorias foram feitas nos terminais de Brasília, São Paulo, Fortaleza, do Recife, Rio de Janeiro, de Belo Horizonte e Salvador. O levantamento foi elaborado a pedido do Ministério das Cidades e da Infraero e contou com a colaboração do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. A Casa Civil informou que o material foi encaminhado para a Infraero a fim de que as falhas sejam corrigidas. As informações são da ABr
FONTE - http://www.portugaldigital.com.br/sociedade/ver/20076133-casa-civil-envia-a-infraero-relatorio-sobre-acessibilidade-de-pessoas-com-deficiencia-nos-aeroportos

SAÚDE/TECNOLOGIAS - Uso de chip implantado no corpo para controle de apetite

Chip na barriga controla apetite e combate obesidade 
Cientistas britânicos apresentaram em Londres um microchip "inteligente" desenvolvido para ser implantado no corpo humano com o objetivo de controlar o apetite e combater a obesidade. 

Chip do Imperial College. Divulgação
(imagem - fotografia de um chip de cor predominante sendo o amarelo, com seu formato geométrico de quadrados dentro de quadrados e um retângulo com a placa no meio) 

Após testes satisfatórios nos laboratórios do Imperial College, os professores Chris Toumazou e Stephen Bloom anunciaram que os testes em animais estão prestes a começar. Testes em humanos são esperados em três anos.

O circuito consiste em um "modulador inteligente" de poucos milímetros, implantado na cavidade peritoneal do abdome (na barriga). Ele será preso ao nervo vago por meio de eletrodos.O chip foi desenhado para ser implantado junto ao nervo vago (pneumogástrico), que regula o apetite e outras funções do organismos.

O chip e os eletrodos foram desenvolvidos para ler e processar estímulos elétricos e químicos do nervo que regulam o apetite.

Com base nos dados coletados, o chip poderá enviar estímulos elétricos ao cérebro, reduzindo o apetite.

"Será um controle do apetite, mais do que dizer: 'pare de comer de uma vez'. Então, talvez em ver de comer rápido, você coma mais devagar", explicou o professor Toumazou, em entrevista à BBC.

"Uma vez que o cérebro fica em alerta, ele receberá sinais similares àqueles recebidos do organismo após uma refeição, e esses sinais dizem para não comer mais, que os intestinos estão cheio de comida", explicou.Segundo o professor Toumazou, o chip pode se tornar uma alternativa à cirurgia de redução do estômago, já que a nova técnica poderá controlar o apetite.

O fato de também identificar impulsos químicos deve tornar o chip mais efetivo, indicam os cientistas.O projeto recebeu 7 milhões de euros do Conselho de Pesquisa Europeu.

Nervo vago
O nervo vago regula uma série de funções no organismo, como controlar a respiração, o ritmo cardíaco, a secreção de ácidos no sistema digestivo e a contração do intestino.
O nervo também indica ao cérebro como outros sistemas do organismo estão operando.

A equipe do Imperial College de Londres, no entanto, não é a única a pesquisar o tema.

A empresa de tecnologia médica EnteroMédics, dos Estados Unidos, criou um circuito que bloqueia o nervo para interromper estímulos de apetite.

Resultados dos primeiros testes do chip americano, que envolveram 239 pacientes, mostraram perda de até 20% do excesso de peso no corpo. A empresa, no entanto, disse que os resultados não foram tão bons quanto os esperados.

Outra empresa americana, a IntraPace, também desenvolveu técnica similar.
FONTE - http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/03/130329_chip_apetite_obesidade_mm.shtml

DOENÇA MENTAL/SEGREGAÇÃO - Reclusão forçada de homem em Codó é criticada por psiquiatra

Psiquiatra critica reclusão de homem com deficiência mental em Codó 

(atenção - Deficiências intelectuais não são transtornos mentais, e encarceramento não é tratamento)

João Barbosa tem 28 anos e é mantido em um casebre de madeira.
Especialista afirma que situação pode agravar quadro agressivo da vítima.


O psiquiatra Ruy Palhano analisou as imagens do homem que tem problemas mentais e vive preso num pequeno casebre, em Codó. João Barbosa tem 28 anos e essa foi a única solução encontrada pela família para controlá-lo.
O especialista garante que a situação é grave e contraria todas as determinações do Programa de Saúde Mental, adotado pelo Ministério da Saúde. Segundo ele, mantido nesta situação, João pode sofrer novos surtos. Além disso, a readaptação ao convívio social pode se tornar mais difícil.
“Ele se encontra em situação absolutamente deplorável, no ponto de vista da segurança dele, da família. Veja que a própria população está assustada com a possibilidade dele cometer um crime, mas, na realidade, esse condição na qual ele está hoje o leva a ter um comportamento mais violento”, explica.
O único cuidado que João recebe é do padrasto, de 75 anos. O comportamento agressivo dificulta o tratamento.
Hoje, no Maranhão, existem cerca de 40 Centros de Atenção Psicossocial, os chamados Cap’s, mas o número não é suficiente para atender a toda a demanda do estado.
Mas de acordo com o psiquiatra, a rede de saúde mental não funciona no país. Segundo ele, no Maranhão, não existe um hospital psiquiátrico público nos moldes do tratamento proposto pelo Ministério da Saúde. Ele diz que agindo de forma isolada, os Cap’s não atingem um resultado satisfatório.
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O MELHOR É A JAULA OU O GALINHEIRO? Deficientes intelectuais e o seu encarceramento http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2011/05/o-melhor-e-jaula-ou-o-galinheiro.html


quinta-feira, 28 de março de 2013

DOENÇAS RARAS/SUPERAÇÃO - Jovem gaúcho com Atrofia Muscular cria teclado virtual e é mestre na UFRGS

Com doença rara, aluno da UFRGS cria teclado virtual e conclui mestrado

Cláudio Luciano Dusik desenvolveu um teclado virtual que agora será disponibilizado para facilitar a interação de outras pessoas com deficiência

Orgulhosa, a mãe beija Dusik após a conclusão do mestrado na UFRGS Foto: Thiago Cruz/UFRGS
*(imagem - foto colorida de  Cláudio, de óculos, segurando com a mão esquerda um mouse, sobre um adaptação, com um sorriso ao ser beijado no rosto por sua mãe, que está orgulhosa do filho pela conclusão do mestrado - fotografia de Thiago Cruz Ufrgs)

Portador de uma doença degenerativa, Cláudio Luciano Dusik, 36 anos, deu exemplo de superação nesta semana ao se tornar o primeiro estudante com deficiência física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) ao concluir o mestrado em educação. Formado em psicologia, Dusik é portador de atrofia muscular espinhal, uma doença rara (ocorre em média um caso a cada 10 mil nascimentos) que causa degeneração dos neurônios motores.


Ao contar com o movimento de apenas um dedo, ele utiliza o mouse do computador para digitar a acessar a internet, com autonomia. Com conhecimentos em informática, Dusik foi estimulado no mestrado a lapidar o teclado virtual que utilizada. O software foi então aperfeiçoado e permite agora que pessoas com diferentes limitações possam utilizá-lo, a partir de uma característica de adaptação.
A dissertação apresentada na manhã de ontem detalha a nova tecnologia - o aplicativo de um teclado virtual - e relata exemplos de cinco usuários. O estudante pretende agora colocar sua criação livremente à disposição de pessoas que, a exemplo dele, necessitem do recurso para poder escrever com apoio do computador e interagir virtualmente.
Superação
O uso da cadeira de rodas não impediu o estudante de levar adiante sua pesquisa. Ele cursou todas as disciplinas de forma presencial e semi presencial. Nos deslocamentos de Esteio, onde mora, até Porto Alegre, o estudante contou com a companhia da mãe no transporte especial. Muitas orientações da professora Lucila Maria Costi Santarosa foram feitas pelo Skype para que ele não precisasse vir à Faculdade de Educação.
A mãe de Dusik, Elza Arnoldo, disse que o filho é um exemplo de que é possível às pessoas com deficiência vencer o medo, a vergonha e o receio de enfrentar os desafios. "Quando criança, os médicos diziam que o Cláudio teria de sete a 14 anos de vida. Vivíamos em luto. Ele foi para a escola só para brincar e ter amigos. Hoje está defendendo seu mestrado. É um exemplo para todas as pessoas com deficiência", comentou Elza.
Ela também lembrou que ao enfrentar as barreiras, o filho provocou alterações nas vias públicas, na disponibilização de transportes e na acessibilidade aos locais de estudos.


FONTE- http://noticias.terra.com.br/educacao/com-doenca-rara-aluno-da-ufrgs-cria-teclado-virtual-e-conclui-mestrado,bb83000ef4dad310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html

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SEREMOS 300? 01 pCpara cada PC, DO LIMÓGRAFO AO COMPUTADOR http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2009/11/infoativo.html

quarta-feira, 27 de março de 2013

CÂNCER/TERAPIAS - Cientistas anunciam desaparecimento de Leucemia em menina nos EUA

Americanos divulgam terapia que curou leucemia em uma menina de sete anos

O novo tipo de tratamento celular imunológica fez desaparecer a doença, 
usando as células T do próprio doente
*(imagem - foto colorida de duas crianças com máscaras cirúrgicas no rosto, calvas devido aos tratamentos, e olhando para a câmera - Fotografia de Alexander Khudoteply - AFP Photo)

Cientistas americanos anunciaram nesta segunda-feira (25) o avanço em um novo tipo de terapia celular imunológica que fez desaparecer a leucemia em uma menina usando suas próprias células T reprogramadas para combater o câncer.
O estudo do caso de Emily "Emma" Whitehead, de 7 anos, gera a esperança de um novo caminho contra um tipo de leucemia forte, conhecida como LLA (leucemia linfoide aguda), que poderia inclusive substituir a necessidade de quimioterapia e transplantes de medula óssea algum dia.
Cientistas americanos anunciaram nesta segunda-feira (25) o avanço em um novo tipo de terapia celular imunológica que fez desaparecer a leucemia em uma menina usando suas próprias células T reprogramadas para combater o câncer.
O estudo do caso de Emily "Emma" Whitehead, de 7 anos, gera a esperança de um novo caminho contra um tipo de leucemia forte, conhecida como LLA (leucemia linfoide aguda), que poderia inclusive substituir a necessidade de quimioterapia e transplantes de medula óssea algum dia.
Em um comunicado, a Universidade da Pensilvânia destacou que "Emily permanece saudável e não tem câncer 11 meses depois de ter recebido linfócitos T geneticamente modificados que permitiram se concentrar em um objetivo concreto presente neste tipo de leucemia".
A segunda criança acompanhada neste estudo de duas pessoas tinha 10 anos e também demonstrou evidências de câncer durante dois meses após o tratamento, mas sofreu posteriormente uma recaída fatal quando o câncer voltou na forma de células de leucemia que não abrigavam os receptores das células específicas que eram o objetivo da terapia.
O estudo "descreve como estas células têm um efeito anticancerígeno poderoso nas crianças", afirmou o co-autor da pesquisa, Stephan Grupp, do Hospital Infantil da Filadélfia, onde os pacientes participaram dos testes clínicos.
No entanto, também aprendemos que em alguns pacientes com LLA precisaremos modificar mais o tratamento para nos concentrarmos nas outras moléculas na superfície das células da leucemia.
Os cientistas da Universidade da Pensilvânia desenvolveram primeiro esta terapia de linfócitos T para ser utilizada em pacientes adultos que sofriam uma forma diferente de leucemia, conhecida como LLC (leucemia linfática crônica).
Em 2011, um pequeno teste com três adultos já tinha demonstrado um primeiro êxito inicial com o método. Dois desses pacientes ainda demonstram uma remissão do câncer mais de dois anos e meio depois.
fonte - http://noticias.r7.com/saude/americanos-divulgam-terapianbspque-curou-leucemia-em-uma-menina-de-sete-anos-25032013

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terça-feira, 26 de março de 2013

CÉLULAS TRONCO/PREMATURIDADE- Líquido amniótico pode ajudar a curar doença em prematuros

Líquido amniótico pode ajudar a curar doença que afeta prematuros

Experimentos em animais mostram que células-tronco presentes em substância combatem inflamação no intestino de recém-nascidos.

Inflamação traz perigo a bebês prematuros (Foto: BBC)
*(imagem - foto de um bebê prematuro dentro de uma incubadora utilizada para sua sobrevivência e cuidados, com as mãos de alguém fazendo o seu cuidado - fotografia BBC)

O líquido amniótico pode ajudar a curar uma doença que afeta o intestino de bebês prematuros, dizem médicos britânicos.
A doença, chamada enterocolite necrosante, é uma inflamação grave das entranhas que pode levar à falência de órgãos e morte.
Resultados de experimentos preliminares feitos em animais, incluídos em um artigo na publicação científica 'Gut', demonstraram que células-tronco presentes no líquido amniótico podem aliviar em parte a inflamação, aumentando as chances de sobrevivência.
O líquido amniótico é um fluido incolor que envolve o embrião dentro do útero.
A equipe envolvida no estudo disse que serão necessários mais experimentos até que um tratamento possa ser testado em bebês.
Prematuros
Bebês que nascem antes da hora - ou seja, aqueles nascidos antes de que se completem as 37 semanas de gestação - não estão prontos para o mundo fora do útero e seu intestino não está preparado para lidar com os alimentos.
Em unidades hospitalares de tratamento intensivo para prematuros, em média um em cada dez bebês desenvolve a enterocolite necrosante.
A inflamação pode provocar a morte do tecido e produzir um buraco na parede do intestino do bebê, levando a infecções sérias.
Há indícios de que o leite materno possa proteger as entranhas do bebê prematuro contra a enterocolite necrosante, mas o único tratamento existente hoje é uma cirurgia para remover o tecido afetado.
'É um problema sério e nós achamos que está aumentando', disse o médico Simon Eaton, do Instituto de Saúde Infantil do University College London.
Eaton integrou a equipe que fez experimentos com células-tronco - capazes de se transformar em qualquer tipo de célula do organismo - extraídas do líquido amniótico.
Os pesquisadores injetaram as células-tronco em ratos de laboratório que haviam sido programados para desenvolver enterocolite necrosante. As injeções, segundo a equipe, pareceram aumentar o tempo de sobrevivência dos animais.
'Fomos capazes de prolongar a sobrevivência (dos animais) por bastante tempo', disse Eaton à BBC. 'O que parece estar acontecendo é efeito direto de um abrandamento da inflamação e também um estímulo às células-tronco residentes nas entranhas para que sejam mais eficientes na regeneração do intestino.'
O estudo também revelou que o intestino dos animais funcionava melhor depois do tratamento.
Riscos de câncer?
Outro membro da equipe, o pesquisador Paolo De Coppi, explicou que os efeitos anti-inflamatórios das células-tronco já são bem conhecidos. 'Mas essa foi a primeira vez que se demonstrou que células-tronco do líquido amniótico podem reparar danos no intestino', acrescentou.
'Embora células-tronco do líquido amniótico tenham uma capacidade mais limitada de se transformar em diferentes tipos de células do que as do embrião, elas parecem ser promissoras para muitas partes do corpo, incluindo o fígado, o sistema muscular e nervoso'.
Mais testes seriam necessários para saber se o tratamento seria efetivo e seguro em bebês humanos.
Por exemplo, a capacidade de células-tronco de se transformar em outros tipos de célula também implica riscos de câncer, algo que preocupa os cientistas.
Por conta disso, os médicos esperam, no futuro, desenvolver um tratamento baseado em remédios - em vez de células.
'Não são as células em si', disse Eaton. 'Elas são o veículo para algo e se soubéssemos o que esse algo é, poderíamos administrá-lo diretamente'.
FONTE - http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/03/liquido-amniotico-pode-ajudar-a-curar-doenca-que-afeta-prematuros.html

segunda-feira, 25 de março de 2013

SÍNDROME DE DOWN/EDUCAÇÃO - IR ALÉM DA INTEGRAÇÃO

Síndrome de Down: da aceitação à inclusão
Marco legal da Síndrome de Down
A síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, é uma condição geneticamente determinada.
Trata-se da alteração de cromossomos mais comum em humanos.
No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, a cada 600 a 800 nascimentos, uma criança tem síndrome de Down, independentemente de etnia, gênero ou classe social.
Quando o assunto diz respeito à legislação para pessoas com a alteração genética, as opiniões são divergentes.
Hoje, pelo menos seis propostas que asseguram direitos a portadores da síndrome de Down tramitam atualmente no Congresso Nacional: uma no Senado e cinco na Câmara dos Deputados.
As propostas vão desde a reserva de vagas em concursos públicos para esse grupo à isenção de Imposto de Renda. Há também uma proposta que prevê o pagamento de pensão por morte no caso de pessoas com a síndrome e outra que estabelece a realização de ecocardiograma para recém-nascidos portadores da alteração.
Além desses projetos, há outras mais abrangentes que tratam da questão, como o Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Segundo o deputado federal Romário (PSB-RJ), pessoas com a síndrome de Down têm os mesmos direitos das portadoras de deficiência. "Acredito que um dos maiores problemas, ainda hoje, é o preconceito. Por isso, faço campanha para mostrar como o estímulo correto pode garantir a essas pessoas uma vida normal. Elas podem trabalhar, estudar, namorar e tudo mais que uma pessoa faz", disse. Romário tem uma filha de 7 anos com a síndrome.
Para o deputado, um dos problemas graves é a resistência das escolas em aceitar alunos com a síndrome de Down. "."Temos de fiscalizar: a lei garante a plena inclusão dessas pessoas no ensino regular, embora algumas famílias prefiram o ensino especial
Para Romário, a consequência, é a judicialização do problema: pais e mães recorrem ao Ministério Público para terem o direito garantido.
As escolas e a Síndrome de Down
Por lei, todas as escolas do país são obrigadas a aceitar alunos com deficiência e/ou doenças crônicas. Desde 1998, o número de matrículas de estudantes especiais em escolas regulares passou de 43,9 mil para 558 mil em 2011.
A realidade, porém, mostra que não basta receber os alunos, é preciso que a escola os acolha e, para isso, especialistas concordam que a formação de professores para cuidar desses alunos com necessidades especiais é ainda um dos maiores desafios para se alcançar a educação inclusiva.
Embora defenda a inclusão de crianças especiais nas classes comuns, a professora Edicléa Mascarenhas Fernandes é especialista em educação especial alertou que algumas crianças com deficiência múltiplas, por exemplo, podem precisar de atendimento mais restritivo 
"DEFENDO uma inclusão, [de acordo com as] modalidades existentes na educação especial. Por exemplo, especialistas surdos defendem as classes especiais nas séries iniciais, [em função da] língua de sinais. O projeto de inclusão não se esgota em estar ou não na classe comum", defendeu. "Por isso, a formação é tão importante, para que esta criança tenha o que é melhor para ela".
Dados do Censo da Educação Superior de 2009 mostram que a quantidade de estudantes com algum tipo de deficiência intelectual matriculadas em instituições de ensino superior, públicas e privadas, chega a 465. Desse total, 62 estão em instituições federais.
FONTE - http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=sindrome-down-aceitacao-inclusao&id=8687
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A PAGAR-SE UMA PESSOA COM SÍNDROME DE DOWN http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2010/09/pagar-se-uma-pessoa-com-sindrome-de.html


SAÚDE MENTAL/INTERNAÇÕES - Aprovado o Projeto de Lei que permite pedir revisão de Internação Involuntária

Comissão aprova direito de paciente pedir revisão de internação psiquiátrica

Rosinha da Adefal
*(imagem - foto colorida da Deputada Federal Rosinha da Adefal que diz que a medida irá dar mais transparência à condução clínica do paciente)
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou na quarta-feira (20) projeto que garante a pacientes com transtornos mentais, sem antecedentes criminais e internados involuntariamente, o direito de exigir revisão de internação. Pelo projeto – PL4312/08, do deputado Dr. Ubiali (PSB-SP) – a revisão poderá ser solicitada a cada seis meses.
Para a relatora, deputada Rosinha da Adefal (PTdoB-AL), “a previsão legal de uma segunda opinião confere transparência à condução clínica do paciente e garante segurança à família”.
Segundo a proposta, o paciente terá direito a pedir que seu exame seja feito por um médico que não tenha sido o responsável pela internação.
Tramitação
O projeto tem caráter conclusivo e segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Reportagem – Maria Neves
Edição – Pierre Triboli

domingo, 24 de março de 2013

ACESSIBILIDADE/LEIS - Banco do Brasil é condenado ao impedir acesso de pessoa com deficiência

DIREITO À ACESSIBILIDADE

Banco é condenado por não abrir porta a deficiente


O Banco do Brasil foi condenado a pagar R$ 15 mil de indenização por danos morais a uma cliente pela recusa de vigilante em abrir a porta reservada para deficientes. O Tribunal de Justiça de Goiás reconheceu que é assegurado às agências bancárias o direito de manter portas giratórias para controle e segurança, mas isso não deve impedir o acesso de pessoa com necessidades especiais. (Atenção! informa o DEFNET - não devem ser chamadas de pessoa com necessidades especiais e sim PESSOAS COM DEFICIÊNCIA - Decreto 6949/2009, a mudança terminológica precisa chegar aos tribunais)
Uma manicure, que usa muletas para andar por causa de sequelas da poliomelite, pediu à vigilância da agência bancária que abrisse a porta reservada aos deficientes físicos. A solicitação foi negada ela permaneceu em pé durante uma hora até que o gerente do banco percebesse o constrangimento e interviesse. O caso é de fevereiro de 2011.
Segundo a defesa da mulher, houve humilhação e ultraje perante às pessoas da agência bancária porque ela teve que apelar, aos prantos, aos seus direitos de acessibilidade em locais públicos. A discriminação sofrida, de acordo com ela, teve impacto forte em sua saúde após o problema.
Por unanimidade, a Câmara Cível do TJ-GO manteve a condenação da primeira instância. O desembargador Norival Santomé afirmou que o direito das instituições financeiras de ter portas giratórias como mecanismo de segurança e controle de entrada é previsto pela Lei 7.102/83. Entretanto, não se pode negar que o exercício regular deste direito encontre limite, não sendo razoável impedir ou dificultar o acesso a clientes portador de necessidade especial”. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-GO.   FONTE - http://www.conjur.com.br/2013-mar-24/banco-indenizar-cliente-nao-abrir-porta-deficientes
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Onde Vivem os Monstros? Shopping Não tem Avatar... http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2010/02/onde-vivem-os-monstros-shopping-nao-tem.html

ACESSIBILIDADE CULTURAL/LEITURA- Tecnologia torna acessível Biblioteca Pública de Manaus

Biblioteca Pública para todos: tecnologia em prol da acessibilidade

Totem de audiodescrição, mapa tátil e máquina de livros são alguns dos destaques da “nova” Biblioteca Pública

Após cinco anos fechada, Biblioteca Pública do Amazonas foi reaberta em fevereiro deste ano
*(imagem - foto colorida do prédio da Biblioteca Pública do Amazonas, com uma lente que lhe dá uma perspectiva como uma esquina ampliada, após ter ficado fechada por 05 anos - fotografia de Márcio de Souza) 
Inclusão. Essa foi a palavra que ditou o ritmo da reforma de cinco anos da Biblioteca Pública do Amazonas – localizada na Rua Barroso, 57, Centro. Reinaugurado em fevereiro deste ano, o prédio histórico passou por diversas mudanças em sua estrutura física. Porém, são as inovações e novidades tecnológicas, muitas delas que possibilitaram à biblioteca ser frequentada por pessoas com deficiência, que realmente chamam a atenção do público que visita, diariamente, os três andares do prédio histórico.
“O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura, tentou, com essa reforma, adaptar e dotar a biblioteca de toda a infraestrutura e todos os equipamentos necessários para que os usuários pudessem desfrutar de uma boa leitura e de uma boa pesquisa com conforto e qualidade”, comentou Sharles Costa, diretor da biblioteca, destacando, ainda, o aumento significativo em seu acervo: atualmente, o prédio conta com 345 mil volumes, que vão desde livros e jornais a CDs e DVDs. Confira abaixo e fique por dentro de todas essas novidades.
Chip antifurto
Para evitar que livros sejam roubados do prédio, foram instalados em todos os títulos chips antifurto, que acionam o alarme ao sair da biblioteca.
Totem de audiodescrição
Localizada no terceiro andar da biblioteca, esta máquina permite que o visitante com deficiência visual fique sabendo um pouco mais sobre a história do prédio. “O deficiente vai ter a opção de ouvir ou, se ele quiser, de ler sobre a biblioteca, em braile”, destacou Sharles.
Book Voice
Como nem todos os títulos são encontrados em braile, no Salão Maria Luiza de Magalhães Cordeiro, no terceiro andar, está disponível um scanner que lê o livro para o visitante.
Máquina de livros
Quem chega à Biblioteca Pública pela sua entrada principal, na rua Barroso, se depara com essa miniloja de livros. É só colocar o valor da obra desejada na máquina e retirá-la.
Lupa eletrônica
Também no Maria Luiza de Magalhães, a lupa eletrônica aumenta bastante os caracteres do livro para as pessoas de visão reduzida.
Carteirinha
Para usufruir da “nova” Biblioteca Pública, é necessário dar entrada na carteirinha do usuário – que pode ser requerida no balcão de entrada. O processo para tirá-la é simples: basta ter em mãos a carteira de identidade ou um documento com foto.
Folheador automático
Para os visitantes que possuem apenas uma das mãos ou algum tipo de paralisia nos membros superiores, esse aparelho faz a passagem das páginas dos livros e revistas, mediante o acionamento de um controle remoto.
Mapa tátil
Instalado em todos os andares da biblioteca, o mapa tátil possibilita às pessoas com deficiência visual localizar os departamentos do prédio e ler as informações sobre cada um deles – em braile ou por meio de uma caneta de áudio.
Elevador
Sem dúvida uma das melhorias mais notáveis, um elevador especial foi instalado na biblioteca. O equipamento dará aos portadores de deficiência física acesso aos três andares do prédio.
fonte - http://acritica.uol.com.br/vida/Manaus-Amazonas-Amazonia-Biblioteca-Publica-tecnologia-acessibilidade_0_887911239.html (reportagem de Gabriel Machado)

GUERRA/CÉREBRO - Pesquisa comprova dano a áreas do SNC de soldados dos EUA no Iraque

Cérebro dos veteranos revela pistas sobre Síndrome da Guerra do Golfo
Equipa de investigadores analisou cérebro de soldados da guerra de 1990-1991 e encontrou uma região danificada que está associada à percepção e dor.

(Imagem - um soldado da Guerra do Golfo com suas armas aparece através de um vidro quebrado por uma bala, sem nitidez para seu rosto, apenas para a arma - pesquisa em imagens publicadas na Internet) 

No final da Guerra do Golfo houve um mal que muitos soldados trouxeram para casa caracterizado por dores crônicas  fadiga, disfunções cognitivas a que se chamou de Síndrome da Guerra do Golfe. Passados mais de 20 anos, uma equipa de investigadores conseguiu associar mudanças físicas no cérebro de alguns veteranos que sofrem deste problema. O trabalho foi publicado na revista PLoS One na semana passada.

Entre 1990 e 1991 centenas de milhares de soldados foram colocados no Médio Oriente na guerra liderada pelos Estados Unidos contra o Iraque. Mais de um quarto dos 697.000 soldados mobilizados voltaram com uma panóplia de problemas de saúde que afetam desde o sistema digestivo até ao sistema cognitivo. Muitos deles sentem dores em atividades normais.

Embora estes soldados tenham estado expostos a vários químicos como agentes nervosos, pesticidas, herbicidas, nenhuma substância foi associada de uma forma definitiva a todos estes casos. Ainda assim, investigadores da Universidade de Georgetown, Washington, nos Estados Unidos, conseguiram pela primeira vez ter aquilo que parece ser uma base neuro-anatômico da doença.

A equipa liderada por James Baraniuk analisou os cérebros de 31 veteranos com esta síndrome e comparou-os com 20 pessoas que serviram como controlo. Os resultados dos exames de ressonância magnética mostraram que os veteranos tinham danos significativos nos axônios – os longos filamentos das células nervosas que transmitem impulsos eléctricos de modo a que a informação seja passada entre as várias regiões do cérebro.

A região onde estes axônios se encontravam afetados no caso dos veteranos de guerra estava numa parte do lobo frontal do cérebro associado à dor mais intensa e à fadiga. “Esta via de neurônios está envolvida na fadiga, na dor, no processamento emocional e de recompensa. Esta via também suporta a atividade na rede de atenção, que procura por sinais inesperados no ambiente envolvente que podem ser interpretados erradamente como fontes de perigo ou causadores de dor”, explica num comunicado Rakib Rayhan, um dos autores do estudo.

O trabalho foi financiado pelo Departamento de Defesa norte-americano. Os resultados parecem, para já, distintos do que se observa no caso de doenças como a esclerose múltipla, a depressão, a doença de Alzheimer ou outras doenças neurodegenerativas. Um dos objetivos agora é tentar encontrar uma terapia.

“A dor e a fadiga são percepções, tais como outras entradas sensoriais, e a Síndrome da Guerra do Golfo pode ser causada pelo dano extensivo das estruturas que facilitam este sistema”, diz Rayhan. “Alguns destes veteranos sentem dores quando fazem alguma coisa tão simples como pôr uma t-shirt. Agora temos alguma coisa que lhes pode explicar porque é que as suas vidas foram tão fortemente afetadas.”

FONTE - http://www.publico.pt/ciencia/noticia/existem-mudancas-no-cerebro-associadas-ao-sindrome-da-guerra-do-golfo-1588954
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TIROS REAIS EM REALENGO - a violência é uma péssima pedagoga http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2011/04/imagem-publicada-imagem-de-bracos-e.html



ACESSIBILIDADE/CONCURSOS - STJ afirma direito de pessoa com deficiência visual

PRINCÍPIO DA IGUALDADE

Convocação de concurso público deve ser acessível


A União não conseguiu reverter no Superior Tribunal de Justiça uma decisão que garantiu a um deficiente visual o direito de participação em um concurso público. O candidato perdeu o prazo para a perícia médica porque não soube da convocação. Para o STJ, o informe de chamada apenas por escrito afronta o princípio de igualdade previsto na Constituição Federal.
Aprovado em concurso para o cargo de técnico judiciário do Tribunal Regional Eleitoral do Pará, o deficiente visual foi convocado para perícia médica por meio de publicação no Diário Oficial da União e pela internet, em arquivo PDF, formato que não é compatível com o programa que permite o uso de computadores por deficientes visuais.
Por causa da deficiência, o candidato não teve como saber sobre a convocação e acabou eliminado do certame. Entrou com ação na Justiça Federal em Alagoas, onde mora, e conseguiu sentença que o manteve no concurso. A União apelou ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região, alegando que o deficiente visual queria “tratamento diferenciado”.
A apelação foi negada. A decisão do TRF-5 considerou “desarrazoado, impróprio e desproporcional” o ato de convocação na forma como foi realizado. Ressaltou que a convocação dos candidatos deficientes feita pelos moldes tradicionais não é apropriada nem eficaz para o fim de propiciar a inserção dos deficientes físicos no serviço público, como dispõe a Lei 7.853/89. 
O acórdão declarou ainda que a forma de convocação utilizada contraria o princípio da igualdade estabelecido no artigo 5º da Constituição Federal, pois não se pode dispensar aos deficientes visuais o mesmo tratamento dado aos que enxergam. Por essa razão, entendeu ser possível a revisão do mérito do ato administrativo pelo Poder Judiciário.
O TRF5 ainda apontou alternativas simples. Afirmou que a convocação deveria ter sido feita de forma direta, mediante, por exemplo, o envio de correspondência — telegrama ou carta registrada — ou um telefonema. 
A União não se recorreu ao STJ alegando violação à Lei 8.112/90 (Estatuto do Servidor) e aos artigos 5º e 37 da Constituição. Este último trata dos princípios que regem a administração pública.
O relator, ministro Humberto Martins, não conheceu do recurso. Primeiro porque a decisão contestada não se fundamentou na Lei 8.112/90. Segundo, porque a análise de supostas violações a dispositivos constitucionais é de competência do Supremo Tribunal Federal. 
De acordo com o ministro, é importante ressaltar que um dos objetivos propostos pela Constituição é reduzir as desigualdades e promover a integração social. Ainda é possível recorrer no próprio STJ ou ao STF. Com informações da assessoria de imprensa do Superior Tribunal de Justiça.
FONTE - http://www.conjur.com.br/2013-mar-23/convocacao-concurso-publico-acessivel-deficientes-stj
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PARA ALÉM DO PRECONCEITO - A Convenção, Cidadania e Dignidade http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2010/12/para-alem-do-preconceito-convencao.html