segunda-feira, 7 de outubro de 2013

ALZHEIMER/PESQUISAS - Participação de doações de cérebros ajuda mapeamento do cérebro

Doação de cérebros ajuda em pesquisas contra o Alzheimer

EUA investem US$ 100 milhões por ano no mapeamento do cérebro humano. Estima-se que exista hoje mais de 30 milhões de casos no mundo.

(imagem - representação gráfica de um cérebro humano com suas circunvoluções e o cerebelo, na cor predominante de amarelo e ocre)
O Alzheimer é cada vez mais frequente em todo o mundo. Para controlar a doença, o governo dos Estados Unidos investe US$ 100 milhões por ano no mapeamento do cérebro humano. Mas essa pesquisa, só é possível com a participação de doadores de órgãos.
Estima-se que exista hoje mais de 30 milhões de casos no mundo. Só que metade dos idosos com Alzheimer não sabem que possuem a doença e, entre os pacientes diagnosticados, apenas um em cada quatro recebem o tratamento adequado.
A doença foi descrita pela primeira vez em 1909, pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer. Ele identificou um quadro clínico específico para estes pacientes com severas perturbações, sem apresentar nenhuma lesão cerebral.
Alois Alzheimer constatou que as neurotoxinas, chamadas oligômeros de abeta, presentes, no cérebro humano, existem em maior quantidade nos doentes de Alzheimer. Elas se juntam, atacam as conexões entre os neurônios e impedem o processamento de informações, levando a perda da memória, além de outros sintomas como confusão mental, irritabilidade, alteração de humor e agressividade. Aos poucos, o paciente começa a se desligar da realidade.

Renee, mãe de Nancy conviveu com Alzheimer por 15 anos e morreu num estágio bem avançado. Nancy vive em San Diego na Califórnia descobriu que a mãe estava com Alzheimer quando percebeu pequenos sinais, quando a mãe começou a errar o caminho de casa e esquecer de pagar as contas. A doença foi se agravando, até que a família percebeu que ela não tinha mais condições de viver sozinha.
Hoje, só Nancy e a irmã caçula estão vivas. A irmã mais velha também descobriu uma doença grave e recebeu um transplante de fígado, que permitiu que ela vivesse mais dez anos. A angústia por um doador ajudou Renne a tomar uma decisão importante: a de doar o cérebro dela para pesquisas.
Nancy diz que a decisão veio por duas razões: pelo fato de a irmã ter vivido o drama do transplante - por causa disso todos na família se tornaram doadores de órgãos; e o outro motivo foi que ao fazer parte do grupo de pesquisa, Renee teve que assinar um documento garantindo a doação do cérebro ao final da sua vida. Nancy diz que espera que as pesquisas continuem e que os especialistas encontrem o caminho e a cura para o Alzheimer, para que pessoas como a mãe dela possam ter a chance de ter uma vida longa e saudável.
Ela resolveu contribuir com as pesquisas da Universidade da Califórnia em San Diego, uma das 60 instituições médicas dos Estados Unidos que participam de um amplo estudo para aprender mais sobre Alzheimer. Os cientistas iniciaram há 20 anos um ambicioso estudo que submete o paciente a uma série de testes e exames de sangue, ressonância magnética e tomografia para prever e controlar a doença.
O Doutor James Brewer é especialista há 20 anos em Alzheimer e em memória humana. Ele
diz que eles estão em busca da cura e de medicamentos que possam remover as proteínas ruins do cérebro e que causam o Alzheimer. Atualmente, ele trabalha com exames de neuroimagem para encontrar o quanto antes o diagnóstico, que vem utilizando também ferramentas, como a medição do cérebro e drogas que podem ajudar a retardar os efeitos dessa doença.
Com o avanço da medicina, já é possível fazer o diagnóstico precoce do Alzheimer, mas o diagnóstico definitivo só mesmo com uma autópsia.
Dr. Brewer também alerta para o tratamento da doença. Ele diz que apesar de não ter cura, o tratamento adequado é essencial. Consiste tanto no uso de medicamentos, como na estimulação física, intelectual e social dos pacientes.
A ideia de se doar o cérebro após a morte para entender o Alzheimer veio de um estudo pioneiro feito com freiras, por volta dos anos 80, em Boston, nos EUA. Essas freiras fazem um testamento, quando entram no convento. E daí vieram as primeiras dicas: aquelas freiras que tinham mais vocabulário no testamento, que tinham entrado aos 20 anos no convento, eram as que tinham menos alterações no cérebro e diagnóstico clínico menos frequente de Alzheimer. Daí vem a primeira dica de prevenção: mantenha a mente sempre ocupada.
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DEFICIÊNCIAS, MEMÓRIA E ENVELHECIMENTO – Qual é o nosso futuro? http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2013/09/deficiencias-memoria-e-envelhecimento.html

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