domingo, 27 de outubro de 2013

CEGOS/PESQUISA - Jornalista faz mapeamento de trabalhos de cegos no ciberespaço

Jornalista cega lança livro sobre produção de deficientes na internet

Produção mostra mapeamento de trabalhos de cegos no ciberespaço.
Lançamento acontece neste sábado (26), na Bienal do Livro de Alagoas.

Fabrícia Omena mapeou a produção de pessoas cegas no ciberespaço  (Foto: Waldson Costa/ G1)
(imagem - foto colorida da jornalista Fabrícia Omena, com um laptop à sua frente, e à esquerda, onde ela esta´digitiando' com auxilio de um fone no ouvido, com um software que lhe permite acesso à Internet - fotografia Waldson Costa/ G1)

A jornalista e pesquisadora alagoana Fabrícia Omena, que é cega, lança, na noite deste sábado (26), no espaço Café Literário da Edufal, durante a VI Bienal do Livro de Alagoas, que acontece no Centro de Convenções, o livro “Mapeamento das produções de pessoas cegas brasileiras disponíveis no Ciberespaço”.

A produção, escrita em coautoria com a pesquisadora e professora mestre Madileide Duarte, é resultado de uma pesquisa científica desenvolvida nos anos de 2008 e 2009, onde as autoras se dedicaram em localizar e identificar na internet a produção de deficientes visuais e pessoas cegas nos campos das artes, da profissionalização e da pesquisa científica.

“Um dos grandes focos da temática do livro é mostrar o potencial de pessoas que possuem baixa visão ou cegueira. Com este mapeamento, conseguimos mostrar que, mesmo com as limitações, os cegos são ativos e podem produzir em diversos campos do conhecimento com qualidade”, expõe Fabrícia Omena, que durante a produção de pesquisa ficou responsável pelo levantamento e entrevista das histórias que compõem o livro.
Responsável pela orientação do trabalho acadêmico que foi transformado em livro, a professora Madileide Duarte destaca que a produção chega para mudar paradigmas de muita gente, que ainda desconhece a capacidade de produção das pessoas com deficiência.
“Esperamos que pessoas com deficiência visual vejam os trabalhos de pessoas com limitações e se inspirem para também produzirem. E que as pessoas que não possuem esse tipo de limitação passem a compreender as diferenças e entendam que os cegos não precisam de protecionismo, mas, sim, de oportunidade”, relata a pesquisadora.

Madileide revela ainda que o fato da ex-estudante de comunicação social ser cega fez com que ela despertasse o interesse em desenvolver pesquisas científicas no campo da deficiência visual. “Neste sentido, o aprendizado foi em mão dupla e continuado, na sequência de três pesquisas, duas pelo CNPq e o livro, que após a publicação impressa poderá também ser disponibilizado em e-book, para facilitar o acesso de pessoas com deficiência visual ao conteúdo”, disse.
Quanto a formatação do livro para o Braile, Fabrícia Omena explica que o procedimento é complexo porque exige uma transcrição e adaptação, que são feitas por profissionais especializados. “Diante deste fato, vamos disponibilizando o livro por etapa, primeiro impresso e depois como e-book, o que já garante a acessibilidade”, completa.
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