sexta-feira, 18 de julho de 2014

ALZHEIMER/PESQUISAS - Cientistas precisam de doação de cérebros para manter estudos científicos

Cientistas ficam sem cérebros para pesquisas sobre Alzheimer

Cientistas estão precisando de mais tecido cerebral, que permite estudar melhor algumas doenças mentais

Kristen Hallam, da 
Mulher olha um cérebro em uma exposição em Briston, na Inglaterra
(imagem - a foto colorida de um cérebro humano dentro de uma visão lateral que tem um desenho como fundo de um crâneo, tendo atrás dessa representação, uma pessoa, uma mulher, com as duas mãos como se fosse segurar esse cérebro, e examiná-lo. fotografia da matéria da Exame)

Londres - Os cientistas têm pouco cérebro.
Não que eles não sejam inteligentes. É que eles precisam de mais tecido cerebral, que permite estudar e entender melhor -- e talvez algum dia tratar -- doenças mentais, assim como lesões na cabeça.
À medida que os diagnósticos de demência aumentam, que mais atletas sofrem concussões e que mais soldados retornam das guerras com lesões, a pressão para encontrar tratamentos adquiriu uma nova urgência.
A demanda dos pesquisadores por tecidos cerebrais está aumentando e os bancos de cérebros estão trabalhando para incentivar as doações.
Embora seja mais fácil convencer os doadores que têm doenças neurológicas e que querem ajudar a encontrar curas, seus cérebros precisam ser comparados em estudos com os de pessoas saudáveis -- e os bancos precisam de mais exemplares dos dois tipos.
Nunca é o suficiente”, disse Thor Stein, professor assistente da Universidade de Boston que estuda o mal de Alzheimer e encefalopatia traumática crônica, conhecida por afetar boxeadores e outros com repetidos traumas cerebrais.
Em termos de oferta de cérebros estamos sempre no vermelho”.
Estudando células cerebrais os cientistas descobriram deficiências na dopamina química no cérebro de pacientes com Parkinson, o que levou a uma terapia que amplia os níveis e melhora o controle motor.
Foi assim também que eles descobriram as placas cerebrais em portadores de Alzheimer, que agora são foco do desenvolvimento de medicamentos.
Os médicos estão reunidos nesta semana em Copenhague para discutir a pesquisa mais recente sobre a doença que rouba a memória.
“Examinar os cérebros de pessoas com uma doença é como examinar a cena de um crime”, disse David Dexter, diretor científico do Banco de Cérebros de Parkinson do Imperial College de Londres no Reino Unido.
“Sem banco de cérebros não vamos curar o Alzheimer nem o Parkinson”.
Escassez de cérebro
No Reino Unido, apenas 730 britânicos doaram seus cérebros para pesquisa no ano passado. A base potencial era muito maior: cerca de 60.000 mortes foram diretamente relacionadas à demência a cada ano no Reino Unido.
Não há estatísticas sobre as doações de cérebros nos EUA, embora os pesquisadores digam que o número está muito aquém do total necessário para acompanhar a demanda.
Existe uma relutância em se desprender de um órgão que sempre foi visto como a morada da alma.
O Departamento de Defesa dos EUA criou um banco de cérebros no ano passado para ajudar os pesquisadores a explorarem as lesões dos soldados após seu retorno ao país.
Meses depois, o Instituto Nacional de Saúde dos EUA estabeleceu uma rede de compartilhamento de tecidos para acelerar a pesquisa sobre esquizofrenia e esclerose múltipla.
Uma doação pode render até 250 blocos de tecidos para uso em projetos de pesquisa, segundo o banco de Parkinson do Reino Unido.
O principal problema para os bancos de cérebros é a falta de doações de exemplares sem sinais de doenças. Apenas 10 por cento das doações vêm de pessoas saudáveis.
Todos os bancos de cérebros que eu conheço enfrentam problemas de escassez de cérebros saudáveis”, disse Daniel Perl, que gerencia o Banco de Cérebros do Departamento de Defesa. Dexter é mais direto: “Esses 10 por cento estão realmente sustentando as pesquisas”.
Em alguns casos há preocupações religiosas, desencadeadas pela crença de que o corpo de uma pessoa precisa permanecer intacto após a morte para garantir a vida após a morte.
Há um tipo diferente de pós-vida para os doadores, disse Steve Gentleman, professor de neuropatologias do Imperial College que trabalha com Dexter no banco de cérebros de mal de Parkinson. “Se você doa, você vive para sempre”, disse ele.
fonte - http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/cientistas-ficam-sem-cerebros-para-pesquisas-sobre-alzheimer
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MÃES, ALZHEIMER E MÚSICA http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2012/05/maes-alzheimer-e-musica.html

quarta-feira, 9 de julho de 2014

ALZHEIMER/PREVISÃO - Na Inglaterra um novo passo é dado para exame que pode prever a doença

Novo exame de sangue 'pode prever Alzheimer'

Cientistas britânicos acreditam ter dado um passo importante nas pesquisas sobre o Alzheimer ao criarem um novo exame de sangue que pode prever as chances de uma pessoa desenvolver a doença.
alzheimer | Thinkstock
(imagem - representação com desenho de neurônios e suas ligações sinápticas, em branco com pontos vermelhos ao fundo, da matéria da BBC)

O estudo realizado com mais de mil pessoas identificou um conjunto de proteínas no sangue que pode antever o surgimento da demência com 87% de precisão.
Os resultados do trabalho, publicado na revista científicaAlzheimer's & Dementia, serão usados para aprimorar os testes com novos medicamentos para a doença, que afeta 44 milhões de pessoas em todo o mundo.
O Alzheimer é uma doença degenerativa cujo primeiro sintoma é a perda da memória. Com o avançar do problema, pacientes também podem manifestar comportamento agressivo, irritabilidade, confusão mental, entre outros.
Os especialistas alertam que ainda não há previsão para que o exame esteja disponível em clínicas ou hospitais da Grã-Bretanha.
As pesquisas sobre tratamentos para o Alzheimer têm sido marcadas por fracassos. Entre 2002 e 2012, 99,6% dos experimentos feitos com objetivo de prevenir ou reverter a doença não levaram a nada.
Os médicos acreditam que as tentativas mal sucedidas se devem ao fato de que os pacientes começam a ser tratados tarde demais, já que os primeiros sintomas só aparecem uma década depois do início da doença.
Por isso, o maior objetivo das pesquisas atuais deste campo é identificar a demência em seu estágio inicial.

Exame de sangue

Os pesquisadores investigaram diferenças no sangue de 452 pessoas saudáveis, 220 com danos cognitivos moderados e 476 com Alzheimer.
Eles puderam confirmar com 87% de precisão quantos pacientes com danos cerebrais moderados desenvolveriam Alzheimer no ano seguinte.
"Nós queremos poder identificar o quanto antes as pessoas que vão precisar de fazer exames mais aprofundados num futuro próximo," disse líder da pesquisa, Simon Lovestone, da Universidade de of Oxford.
"Como não há tratamento, muitas pessoas podem questionar o valor de um exame de sangue. Mas as pessoas vêm ao consultório saber o que está acontecendo com elas e atualmente eu não posso dizer", aifrmou Lovestone.
Ian Pike, médico da Proteome Sciences, companhia que faz pesquisas na área farmacêutica, considera que o exame de sangue é "um grande passo" nas pesquisas sobre a demência.
"Ainda vai levar tempo e mais testes com pacientes para termos certeza de que esses exames podem ser usados rotineiramente. Mas este processo pode ser iniciado agora", afirmou.
É improvável que o teste possa ser feito isoladamente no caso de estar disponível em clínicas no futuro. Um resultado positivo teria de ser corroborado com tomografias cerebrais e testes de fluidos da coluna vertebral.
No início do ano, pesquisadores americanos anunciaram um exame de sangue capaz de prever o aparecimento de Alzheimer em pessoas saudáveis com até três anos de antecedência.
FONTE - http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/07/140708_exame_sangue_alzheimer_fl.shtml
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ALZHEIMER NÃO É UMA PIADA, mas pode ser poesia de vida http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2011/06/alzheimer-nao-e-uma-piada-mas-pode-ser.html

segunda-feira, 7 de julho de 2014

ACESSIBILIDADE/LEIS - Projetos e obras públicas exigirão oferta de Acessibilidade para pessoas com deficiência

Contratações de obras públicas poderão exigir acessibilidade

Simone Franco
Projetos de obras e serviços a serem contratados pela administração pública deverão viabilizar a oferta de acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Este poderá ser incluído entre os principais requisitos exigidos pela Lei de Licitações (Lei 8.666/1993) e está previsto em projeto de lei do senador Pedro Taques (PDT-MT), pronto para ser votado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
Ao justificar a proposta (PLS 554/2013), Taques lembrou que tanto a Constituição Federal quanto a Lei 10.098/2000, que dispõe sobre normas gerais de acessibilidade, já estabelecem a promoção e garantia de acessibilidade em espaços públicos ou privados de uso coletivo para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
“Como se pode observar, o ordenamento jurídico pátrio já regulamenta bem a questão e deixa entrever a preocupação dos legisladores – e, por conseguinte, da sociedade brasileira – com as condições de acessibilidade e mobilidade das pessoas portadoras de necessidades especiais”, assinalou ainda na justificação do PLS 554/2013.
A aprovação da iniciativa foi recomendada pelo relator na CDH, senador Roberto Requião (PMDB-PR). Conforme argumentou, não é possível construir uma sociedade livre, justa e solidária com barreiras efetivas ao exercício da liberdade e da cidadania de segmentos da população.
Se barreiras efetivas, ainda que não intencionais, obstam o acesso de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida a esses serviços e espaços, perde-se significativamente o seu caráter público, configurando-se uma efetiva exclusão”, ressaltou Requião no parecer.
O relator fez um único reparo no texto original de Taques: eliminou a expressão “física”, usada para caracterizar as pessoas com deficiência. Na sua avaliação, esta restrição deve ser suprimida de forma a também se garantir acessibilidade a pessoas com outros tipos de deficiência, como as sensoriais.
Depois de passar pela CDH, o PLS 554/2013 será examinado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), em decisão terminativa.
fonte - Agência Senado http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2014/07/07/contratacoes-de-obras-publicas-poderao-exigir-acessibilidade

quarta-feira, 2 de julho de 2014

ALZHEIMER/AVANÇOS - Marcadores biológicos poderão auxiliar diagnóstico precoce

Alzheimer: novo método permitirá diagnóstico precoce

Após nove anos de trabalho, os cientistas definiram e validaram novos critérios para diagnosticar esta doença neurodegenerativa em plena expansão

(imagem - foto colorida da matéria, com as mãos envelhecidas de uma pessoa em primeiro plano, alusão ao processo de perdas associadas ao quadro demencial, fotografia do Flickr)

O Mal de Alzheimer poderá ser, a partir de agora, diagnosticado de forma precoce e confiável, graças a novos marcadores biológicos, segundo um estudo feito por um grupo internacional de neurologistas.

"A partir de agora será possível, graças a este novo método, fazer um diagnóstico mais seguro e precoce", declarou o professor de Neurologia e pesquisador francês Bruno Dubois, que coordenou o estudo publicado na revista britânica The Lancet Neurology.

Após nove anos de trabalho, os cientistas definiram e validaram novos critérios para diagnosticar esta doença neurodegenerativa em plena expansão.
O Alzheimer afeta 40 milhões de pessoas no mundo e previsões indicam que em 2050 o número de doentes terá triplicado

A doença começa geralmente com transtornos de memória, seguidos de problemas de orientação espacial e temporal, transtornos de comportamento e perda de autonomia. Mas esses sintomas não são específicos do Alzheimer apenas e a doença "não podia ser diagnosticada até agora de forma segura em um estágio precoce", explicou o professor Dubois. Era necessário, geralmente, esperar que a doença evoluísse para a demência ou que o doente morresse para poder examinar as lesões que ele tinha no cérebro.

Após analisar os estudos publicados sobre o tema, os cientistas chegaram a um consenso de diagnóstico do Alzheimer, com dois perfis clínicos específicos.Os casos típicos (80% a 85% dos casos) se caracterizam por problemas de memória episódica de longo prazo (lembrança voluntária de fatos), enquanto nos casos atípicos (15% a 20% dos casos) são encontrados transtornos da memória verbal ou de comportamento.

Cada um desses perfis, segundo os cientistas, deve ser confirmado por pelo menos um marcador biológico. Trata-se de uma punção lombar que mostra o nível anormal de proteínas cerebrais no líquido cefalorraquidiano ou de uma tomografia por emissão de pósitrons (TEP) do cérebro, um exame de imagem que permite visualizar a atividade dos tecidos. Embora por enquanto não haja tratamento eficaz contra o Alzheimer, a detecção confiável e precoce deve facilitar a pesquisa, afirmou Dubois.

 Esses trabalhos permitiriam aos pesquisadores se dar conta de que muitos diagnósticos estabelecidos segundo os antigos critérios estavam errados, entre eles 36% dos falsos doentes de Alzheimer incluídos em um teste terapêutico anterior.Fora da pesquisa, o uso de marcadores biológicos se limita atualmente a pacientes jovens ou a casos difíceis, pois a técnica é cara e invasiva. 

FONTES -AFP/TERRA - http://noticias.terra.com.br/ciencia/pesquisa/alzheimer-novo-metodo-permitira-diagnostico-precoce,2c761b389e2f6410VgnCLD200000b2bf46d0RCRD.html. LEIAM TAMBÉM NO MEU BLOG INFOATIVO.DEFNET -