terça-feira, 28 de abril de 2015

CEGUEIRA/TECNOLOGIA ASSISTIVA - Pesquisadores usam aparelho e implante para casos de degeneração da retina

Óculos usa infravermelho para 'devolver visão' a pacientes quase cegos

(imagem - matéria com um aparelho conectado a um óculos, o Prisma, que está em um desenho representando a cabeça de uma pessoa, mostrando a conexão do mesmo e sua função para pessoas com deficiência visual, após o chip ser implantado na retina)

Pesquisadores da Universidade de Stanford desenvolveu um implante wireless que pode dar a pacientes com degeneração de retina um pouco de sua visão de volta. O dispositivo é posicionado atrás da retina, a parte do olho que contém as células fotorreceptoras que respondem à luz do mundo, desencadeando impulsos elétricos em outras células. Os impulsos são parte de uma reação em cadeia que envia dados do nervo óptico até ao cérebro. Em algumas doenças da retina, as células fotorreceptoras morrem, mas as células restantes não estão danificadas. As próteses visuais serviriam para esses casos, Diferentes próteses visuais células alvo diferentes dentro deste sistema para a estimulação elétrica. 
O PRISMA utiliza o mesmo sinal de luz para transmitir a imagem do mundo exterior e para alimentar o chip implantado. A versão mais avançada do dispositivo tem 70 mícrons de pixels, cada um dos quais inclui fotodiodos e um eletrodo de estimulação. "Nós não podemos usar a luz ambiente para alimentar estes dispositivos porque ela não é forte o suficiente, por isso usamos a luz infravermelha de alta potência”, conta Henri Lorach, da Universidade de Stanford.

Testes 
Adaptado aos seres humanos, o dispositivo usaria óculos que contenham uma câmera de gravação. Um pequeno processador integrado no sistema é capaz de converter a gravação em uma imagem infravermelha, que será enviada através de feixes ao olho. A partir daí o chip recebe o padrão e estimula as células. Testes em ratos realizados pela empresa francesa Pixium Vision, responsável pela comercialização da tecnologia, mostraram que o cérebro responde à estimulação artificial da mesma maneira que à estimulação de luz natural.
A equipe também obteve excelentes resultados tratando de acuidade visual. Os roedores atingiram um nível de visão 20/250, o que significa que eles seriam capazes de ler as letras maiores em um cartaz de oftalmologista.
Para o futuro a ideia é chegar a 20/120, o que estaria abaixo do índice que determina a cegueira nos Estados Unidos. A companhia afirma que os testes clínicos devem começar a partir do ano que vem na Europa.
FONTE - http://olhardigital.uol.com.br/noticia/-culos-usa-infravermelho-para-devolver-visao-a-pacientes-cegos/48238

sexta-feira, 17 de abril de 2015

SURDOS/TECNOLOGIA ASSISTIVA - Tecnologia de microfones sem fios ajuda pessoas com deficiência auditiva

ROGER: Tecnologia para deficientes auditivos que facilita a percepção de fala, principalmente à distância e no ruído.



Ouvir no ruído faz parte do nosso dia a dia. Ouvir e entender a fala nessa condição é um desafio, e muitas vezes não nos damos conta dos efeitos disso na nossa atenção, concentração e energia necessária, até mesmo para quem não possui uma dificuldade auditiva. Para pessoas que têm uma perda auditiva, o desafio de perceber a fala quando a outra pessoa que conversamos está distante ou em meio ao ruído competitivo é ainda maior.

Uma tecnologia que foi desenvolvida para facilitar o acesso e a compreensão da fala nessas situações foi o Sistema de FM. Esse dispositivo funciona como um microfone remoto que capta a voz do falante e a entrega diretamente no aparelho auditivo ou implante coclear. O sistema de FM começou a ser utilizado na década de 60, a princípio em ambientes escolares. Hoje, o uso do sistema de FM pode ser explorado para além da sala de aula. É muito comum nos depararmos com pacientes adultos, usuários de aparelhos auditivo e implantes, que relatam os benefícios desses dispositivos para facilitar o acesso à fala no trabalho, em atividades esportivas, atividades sociais e até mesmo em casa, para ouvir TV, música e telefone celular.

Como todas as soluções, a tecnologia foi aprimorada. Um exemplo dessa evolução foi o sistema de FM Dinâmico, que ajusta automaticamente o nível do sinal FM percebido pelo usuário em comparação ao nível de ruído ambiente, oferecendo melhor audibilidade do sinal FM. Além disso, hoje é possível contar com produtos que valorizam a estética e melhoram desempenho. E a evolução não parou por aí! Um lançamento recente têm surpreendido alguns usuários de implantes e aparelhos auditivos: o Roger.

Mas o que seria Roger? Trata-se de uma nova tecnologia de microfones sem fio que possuem transmissão totalmente digital e adaptativa do sinal de fala. Com Roger a fala é transmitida digitalmente e todos os controles são automáticos. Os novos microfones são super discretos e disponíveis para adolescentes e adultos no modelo de caneta (Roger Pen) ou clipe (Roger Clip On Mic). Para crianças, a empresa oferece o Roger inspiro, que têm características específicas para uso na escola.

Essa tecnologia têm oferecido uma condição aos usuários de aparelhos auditivos e implante para perceber a fala que nenhum outro dispositivo no mercado têm possibilitado. Além disso, com Roger o sinal de fala é mais claro e limpo, livre de qualquer interferência, diferente do sistema de FM em que é necessário mudar os canais de transmissão para evitá-la.

Para compor esse sistema, receptores bem pequenos são adaptados ao aparelho ou implante. O microfone é utilizado pelo interlocutor, e que utiliza aparelhos auditivos ou implantes fica com o receptor acoplado ao seu aparelho auditivo ou IC. Essa solução é compatível com quase todos os modelos de aparelhos auditivos e implantes cocleares existentes no mercado.

Algumas pesquisas científicas compararam Roger com demais tecnologias de transmissão sem fio existentes e os resultados desses estudos demonstraram que Roger oferece uma melhora de até 54% na compreensão de fala em comparação com o sistema de FM tradicional e 35% de benefício em comparação com o sistema de FM dinâmico.

Para saber mais, acesse: www.phonak.com.br

Website: http://www.phonak.com.br

FONTE - http://noticias.r7.com/dino/saude/roger-tecnologia-para-deficientes-auditivos-que-facilita-a-percepcao-de-fala-principalmente-a-distancia-e-no-ruido-16042015

SAÚDE MENTAL/ESQUIZOFRENIA - Novas descobertas sobre a etiologia desse transtorno mental

NOVAS DESCOBERTAS NA ESQUIZOFRENIA
Estudo conclui que a origem do transtorno psiquiátrico pode não ser o que se pensava
A esquizofrenia é considerada um transtorno mental
(IMAGEM - foto preto e branco com três faces representando estados desde alegria até a depressão ou confusão - fotografia da matéria)
Uma pesquisa internacional liderada pela Universidade de Coimbra (UC) levanta novas informações quanto à origem da esquizofrenia. Até agora a causa neuronal era a principal razão apontada para o aparecimento desta doença, no entanto, o estudo aponta para as células da glia como as possíveis responsáveis. Estas células não neuronais do sistema nervoso central funcionam como uma memória de longa duração do cérebro e são o suporte funcional dos neurônios. Teorias indicam que estas células são também capazes de alterar os sinais nas fendas sinápticas, assim como o lugar em que elas são formadas, podendo, por isso, representar um papel importante na aprendizagem e construção de memórias.
A descoberta alcançada por investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra partiu de um estudo desenvolvido ao longo de quatro anos, onde o objetivo era "analisar o papel dos receptores A2A para a adenosina nos problemas de memória", explica a universidade. Nas experiências em laboratório, os receptores A2A estavam presentes nos neurônios e na glia, especialmente nas suas células mais abundantes, os astrócitos. Isto levou os investigadores a retirarem os receptores apenas dos astrócitos e analisar as consequências. Ao realizarem este processo, observaram que a comunicação dos neurônios se via comprometida e os ratinhos, alvos da experiência, passaram a apresentar comportamentos semelhantes aos apresentados na esquizofrenia.
Rodrigo Cunha, coordenador do estudo, explica que, tal como acontece na esquizofrenia, foram registadas três alterações no funcionamento do sistema nervoso central das cobaias. 
Os sintomas negativos, como o isolamento, os sintomas positivos, entre eles as alucinações visuais e auditivas, e os problemas cognitivos, onde se incluem a memória e a concentração. O estudo concluiu que os receptores A2A são a chave para manter o equilíbrio entre as células gliais e os neurônios. Sugerem ainda que estas poderão ter um papel determinante no desenvolvimento de doenças psiquiátricas. A universidade acredita que com esta descoberta poderão ser realizados estudos que permitam novas terapêuticas para este transtorno psiquiátrico, que é considerado como um dos que mais causa incapacidade no doente.

FONTE - http://pt.blastingnews.com/saude/2015/04/novas-descobertas-na-esquizofrenia-00352093.html
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SAÚDE, BIOÉTICA E POLÍTICA – Vendem-se corpos e compram-se consciências? http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2015/04/saude-bioetica-e-politica-vendem-se.html

sábado, 11 de abril de 2015

CÂNCER/AVANÇOS -Cientista brasileira cria sensor para detecção de Câncer

Brasileira cria sensor que detecta câncer em estágio inicial

Cientista brasileira
(imagem - a cientista brasileira Priscila Monteiro Kosaka olhando para a câmera e de luva azul em seu laboratório de pesquisas - fotografia da matéria)

São Paulo – A cientista brasileira Priscila Monteiro Kosaka criou uma tecnologia que promete avançar os estudos sobre o câncer no mundo.
Doutora em Química e integrante do Instituto de Microeletrônica de Madri, Priscila desenvolveu, junto a outros pesquisadores da instituição, um nanosensor que detecta a doença nos primeiros estágios de infecção, antes do paciente ter os sintomas.
O trabalho da pesquisadora foca no desenvolvimento de uma tecnologia para a identificação de biomarcadores, que apontam se o indivíduo possui ou não um tipo específico de doença.
“Eles (biomarcadores) são usados para seguir o crescimento oncológico de cânceres avançados e a resposta ao tratamento aplicado ao paciente”, relata Priscila, em entrevista à EXAME.com.
De acordo com a cientista, o nanosensor inventado por ela possui uma sensibilidade 10 milhões de vezes maior que a dos exames tradicionais de sangue e é mais específico, pois descobre qual tipo de câncer o paciente tem. Assim, o diagnóstico é mais rápido e preciso.
Ela explica que o sensor é como um trampolim com anticorpos que reconhecem o biomarcador. “É muito simples, se o biomarcador cancerígeno está na amostra, esse será gravado pelo sensor, que funcionará como uma etiqueta”.
Assim, caso o exame de sangue revele a doença, a superfície do nanosensor ficará com uma cor avermelhada e brilhará como uma árvore de Natal, relata Priscila.
Além do diagnóstico de diversos tipos de câncer, a pesquisadora conta que o grupo do Instituto de Microeletrônica em que trabalha também tem interesse em testar o sensor para a detecção de outras enfermidades como o Mal deAlzheimer e a AIDS.
A taxa de erro do sensor é de apenas dois em cada 10 mil ensaios realizados em laboratório.
Apesar de ainda não ter uma previsão de quando o sensor entrará no mercado, a cientista confirma que já concluíram a primeira parte na aprovação do produto para uso clínico e estão avançando rapidamente para os próximos estágios.
O objetivo da equipe é que o nanosensor seja ultrassensível e de baixo custo. “Só assim todas as pessoas terão acesso ao exame”, diz a pesquisadora.

A ida para a Espanha

Após seis anos de trabalho em Madri, Priscila conseguiu publicar o artigo sobre o sensor na revista internacional Nature Nanotechnology.
Ela conta que saiu do Brasil, pois o campo que pesquisa, o dos biossensores nanomecânicos, ainda não era forte no país.  No entanto, o interesse começou na UnB, trabalhando com os professores da instituição.
“Eu aprendi a profissão de cientista durante o meu doutorado com a Prof. Dra. Denise Petri e o Prof. Dr Yoshio Kawano”, relata a pesquisadora. 
FONTE - Marina Demartini, http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/brasileira-cria-sensor-que-detecta-cancer-em-estagio-inicial

quinta-feira, 2 de abril de 2015

AUTISMO/TRABALHO - ONU - Por mais empregabilidade para pessoas vivendo com autismo(s)

ONU quer mais empregos para pessoas com autismo

Secretário-geral está encorajado com o aumento do conhecimento público sobre o problema; Ban Ki-moon fez a declaração para marcar o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, esta quinta-feira 2 de abril.

(Imagem - a representação da ONU para o WORLD AUTISM AWARENESS DAY, com o símbolo da entidade sobre estas palavras, à direita, como o rosto de uma criança enquadrado como uma peça de quebra cabeças, à esquerda)
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, quer que as empresas criem mais empregos para as pessoas com autismo. A declaração foi feita para marcar o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, esta quinta-feira 2 de abril.
O tema da campanha deste ano é "Emprego: A Vantagem do Autismo". Ban disse que está encorajado com o aumento do conhecimento público geral sobre o problema.
Tratamentos e Integração
Segundo o chefe da ONU, a data especial não só fornece maior compreensão sobre o assunto, mas também empodera os pais na busca de tratamentos e terapias precoces como busca maior integração das pessoas com autismo na sociedade.
Ban disse ainda que com apoio adequado, os autistas podem e devem frequentar escolas em suas comunidades.
De São Paulo, em entrevista à Rádio ONU, a coordenadora pedagógica da Associação de Amigos do Autista, Carolina Ferreira, falou sobre a dificuldade de se encontrar um emprego para as pessoas nessa condição.
"Nós já tentamos empregos para muitos deles que têm um autismo mais leve, e nós percebemos a grande dificuldade. O Brasil tem a cota para (pessoas) especiais mas não está preparado para receber pessoas com autismo e muitos não conseguem emprego."
A coordenadora pedagógica falou ainda sobre os tipos de trabalho mais apropriados para as pessoas com autismo.
"Olha, as pessoas com autismo executam atividades que sejam mais (ligadas) em linha de montagem, algumas têm facilidade em computação. Eu acho que as profissões ou serviços que lidam muito com pessoas, com o público, são mais difíceis para eles."
Desempregados
Falando sobre emprego, o secretário-geral da ONU convidou as empresas a assumirem um compromisso concreto para contratar pessoas com autismo.
Segundo Ban, 80% dos adultos com autismo estão desempregados. Ele afirmou que essas pessoas têm um potencial enorme, a maioria tem notáveis habilidades visuais, artísticas ou acadêmicas.
Graças ao uso da tecnologia, pessoas que sofrem dessa condição e não conseguem falar podem se comunicar e compartilhar seus conhecimentos e capacidades.
O chefe da ONU pediu a todos que no Dia Mundial da Conscientização do Autismo unam forças para criar as melhores condições possíveis para que essas pessoas possam fazer sua própria contribuição para um futuro mais justo e sustentável.

fonte - Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York. http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/2015/04/onu-quer-mais-empregos-para-pessoas-com-autismo/#.VR1j4JvqOz5.twitter

LEIAM TAMBÉM SOBRE AUTISMO NO MEU BLOG INFOATIVO DEFNET - 

ASPERGER, UMA SÍNDROME DE MENTES BRILHANTES OU NÃO? http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2011/11/asperger-uma-sindrome-de-mentes.html

quarta-feira, 1 de abril de 2015

AUTISMO/CONSCIENTIZAÇÃO - Não use ''autismo'' como insulto ou alienação

Autismo deixou de ser só síndrome para ser insulto

 autismo é uma síndrome neurocomportamental que afeta cerca de 10 em cada 10 mil pessoas no mundo, mas o termo entrou no vocabulário corrente como um insulto, principalmente entre a classe política, algo que as associações condenam.

Autismo deixou de ser só síndrome para ser insulto
(imagem - foto colorida da matéria com duas pessoas de costas, duas crianças, uma à esquerda de blusa azul marinho e outra à direita com camisa listrada de verde e branco, em um espaço que se supõe ser uma sala de aula - fotografia Lusa) 

Em PORTUGAL - Numa pesquisa rápida é fácil encontrar exemplos: numa situação que envolveu a retirada de confiança política a um presidente de uma Junta de Freguesia, em março, a concelhia do PSD/Porto felicitava a autarquia pela atitude, mas dizia que se não houvesse consequências, seria porque estavam perante um "comportamento autista, arrogante e desrespeitador da legalidade democrática".

Noutra ocasião, em fevereiro, numa análise às infraestruturas construídas na ilha da Madeira, o antigo eurodeputado Nuno Teixeira disse que "é tão autista quem afirma que tudo foi mal feito como o que afirma que não houve nada mal feito".

Também o reitor da Universidade do Minho, António Cunha, usou a palavra para criticar o processo de avaliação das instituições de investigação, feita pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, descrevendo-o como uma "oportunidade perdida", feita de uma forma "autista".

Para criticar o Governo no processo de transferência do hospital para a Misericórdia, a Câmara Municipal de Santo Tirso classificou a decisão do Governo como "autista", ao ter tomado a decisão de forma unilateral, sem ter ouvido previamente a autarquia.

A presidente da Federação Portuguesa de Autismo (FPDA) não consegue precisar quando é que o termo autista/autismo passou a ser usado como um insulto, mas diz que é algo que acontece com mais frequência entre a classe política.

Na opinião de Isabel Cottinelli Telmo, terá a ver com o facto de autismo derivar da palavra grega 'autós', que significa "em si próprio": "As pessoas quando querem dizer que os outros não as ouvem ou que estão insensíveis a certas coisas, dizem que são autistas, como insulto", apontou.
Para a responsável, o uso da palavra de forma depreciativa é não só ofensivo, como um insulto a todas as pessoas que têm autismo, que apesar de poderem ter dificuldades de comunicação com quem os rodeia, não são insensíveis aos outros.

"Podem estar ensimesmadas porque têm dificuldade de comunicação e de interação social. Só por isso. Porque muitas vezes não é que não pensem ou não sintam, mas não sabem como exprimir e às vezes até exprimem de maneiras que não são compreendidas pelos outros", explicou, acrescentando que vê isto como a "pior discriminação".

Já o diretor coordenador da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA) -- Lisboa, disse que é "inconveniente" e "não é agradável" de ouvir para quem lida com o problema e tenta ajudar as pessoas com autismo.

No entanto, apesar de ser uma questão desagradável, Paulo Ferreira preferia que fossem outras "coisas piores" a serem alteradas, nomeadamente no ensino regular, em que as crianças com autismo ficam os três meses de férias sem qualquer apoio.

O coordenador executivo do site Ciberdúvidas da Língua Portuguesa explicou que é muito frequente o recurso a temas da área da psiquiatria com consequente deturpação e deu como exemplo, para além da palavra autista, o termo "mongoloide" ou "bipolar", que são muitas vezes usados com valor depreciativo ou até insultuoso.

"Isto ocorre, porque qualquer afeção que impeça o comportamento dito 'normal' pode ser ainda, na nossa sociedade, termo de comparação para outro tipo de comportamentos que, não sendo anormais, são objeto de reprovação ou alvo da nossa irritação", adiantou Carlos Rocha.
A 02 de abril assinala-se o Dia Mundial de Consciencialização do Autismo.

LEIAM TAMBÉM NO MEU BLOG INFOATIVO.DEFNET textos sobre AUTISMO - 

O AUTISMO NÃO É APENAS UMA DOENÇA http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2012/06/o-autismo-nao-e-apenas-uma-doenca.html